Por Nidal al-Mughrabi
CAIRO, 24 Abr (Reuters) - Um ataque aéreo israelense atingiu uma delegacia de polícia em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, nesta quinta-feira, matando pelo menos 10 pessoas, informaram autoridades de saúde locais, e os militares de Israel disseram ter atingido um centro de comando dos grupos Hamas e Jihad Islâmica.
Os médicos disseram que dois mísseis israelenses atingiram a delegacia de polícia, localizada perto de um mercado, o que causou o ferimento de dezenas de pessoas, além das 10 mortes. As identidades dos mortos não ficaram imediatamente claras.
Os militares israelenses disseram em um comunicado, aparentemente referindo-se ao mesmo incidente, que atacaram um centro de comando e controle operado pelo Hamas e pela Jihad Islâmica em Jabalia, que os militantes usavam para planejar e executar ataques contra as forças israelenses.
Eles acusaram os grupos militantes palestinos de explorar civis e propriedades civis para fins militares, uma alegação que o Hamas e outras facções negam.
Autoridades de saúde locais disseram que os ataques israelenses mataram pelo menos 34 outras pessoas em ataques aéreos separados no enclave, elevando o número de mortos na quinta-feira para 44.
O Ministério da Saúde de Gaza informou que o Hospital Infantil de Durra, na Cidade de Gaza, ficou inoperante, um dia depois que um ataque israelense atingiu a parte superior do prédio, danificando a unidade de terapia intensiva e destruindo o sistema de painéis de energia solar da instalação.
Ninguém morreu. Não houve comentários israelenses sobre o incidente.
O sistema de saúde de Gaza foi devastado pela campanha militar de 18 meses de Israel, lançada em resposta ao ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, colocando muitos dos hospitais do território fora de ação, matando médicos e reduzindo suprimentos essenciais.
Desde o colapso do cessar-fogo de janeiro, em 18 de março, os ataques israelenses mataram mais de 1.900 palestinos, muitos deles civis, de acordo com as autoridades de saúde de Gaza, e centenas de milhares de pessoas foram deslocadas quando Israel tomou o que chama de zona de amortecimento das terras de Gaza.
Os esforços dos mediadores árabes, Catar e Egito, apoiados pelos Estados Unidos, até agora não conseguiram reconciliar as disputas entre as duas partes em conflito, Israel e Hamas.
O ataque a Israel pelo Hamas em outubro de 2023 matou 1.200 pessoas, e 251 reféns foram levados para Gaza. Desde então, mais de 51.300 palestinos foram mortos na ofensiva israelense em Gaza, de acordo com autoridades de saúde.
((Tradução Redação São Paulo))
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