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Enquanto manifestantes acusam Trump de prejudicar universidades, ele chama Harvard de "desgraça"

Reuters18 de abr de 2025 às 00:02

Por Nathan Frandino

- Centenas de estudantes, professores e membros da comunidade em um campus da Califórnia fizeram uma vaia em coro nesta quinta-feira e oradores acusaram o governo do presidente Donald Trump de minar as universidades americanas ao questionar se Harvard e outras instituições merecem o status de isenção de impostos.

O protesto no campus de Berkeley da Universidade da Califórnia foi um dos eventos denominados "Rally for the Right to Learn!" (manifestação pelo direito de aprender) previstos em todo o país.

O governo repreendeu as universidades americanas pela forma como lidaram com os protestos estudantis pró-palestinos no ano passado que agitaram os campi de Columbia, em Nova York, a Berkeley após o ataque liderado pelo Hamas em 2023 dentro de Israel e os subsequentes ataques israelenses a Gaza.

Trump chamou os protestos de antiamericanos e antissemitas e acusou as universidades de propagar o marxismo e a ideologia da "esquerda radical".

Nesta quinta-feira, ele chamou Harvard, instituição que ele criticou repetidamente esta semana, de "uma desgraça", e também criticou outras universidades.

Questionado sobre as informações de que a Receita Federal estava planejando retirar o status de isenção de impostos de Harvard, Trump disse a jornalistas na Casa Branca não achar que uma decisão final havia sido tomada e indicou que outras instituições estavam sob análise.

Trump havia dito na mídia social na terça-feira que estava avaliando se tentaria acabar com o status de isenção fiscal de Harvard caso ela continuasse a promover o que ele chamou de "doença política, ideológica e inspirada/apoiada por terroristas?".

"Não estou envolvido nisso", disse ele, afirmando que o assunto é tratado por advogados. "Li sobre o assunto assim como você, mas o status de isenção de impostos, quero dizer, é um privilégio. É realmente um privilégio, tem sido abusado por muitos além de Harvard."

"Quando você dá uma olhada em Columbia, Harvard, Princeton, não sei o que está acontecendo, mas quando você vê como eles agiram mal e de outras formas também. Portanto, estaremos analisando isso com muita atenção."

Em Berkeley, nesta quinta-feira, os manifestantes levantaram cartazes proclamando "A educação é um bem público!" e "Tire as mãos da nossa liberdade de expressão!".

Robert Reich, professor de políticas públicas, comparou as respostas de Harvard e Columbia às exigências do governo para que tomassem medidas como o fim dos programas de diversidade, equidade e inclusão e a colocação de departamentos acadêmicos sob controle externo.

Em uma carta na segunda-feira, o presidente de Harvard, Alan Garber, rejeitou tais exigências classificando-as de "afirmações de poder sem precedentes, desvinculadas da lei" que violam a liberdade de expressão constitucional e a Lei de Direitos Civis.

A Columbia havia anteriormente concordado com as negociações após o governo Trump dizer, no mês passado, que havia encerrado subsídios e contratos no valor de US$400 milhões, principalmente para pesquisas médicas e outras pesquisas científicas.

Após ler a carta do presidente de Harvard, a presidente interina da Columbia, Claire Shipman, disse que sua universidade continuaria com "discussões de boa fé" com o governo, mas "rejeitaria qualquer acordo em que o governo ditasse o que ensinamos, pesquisamos ou quem contratamos".

"A Universidade de Columbia tentou apaziguar um tirano. Não deu certo", disse Reich, de Berkeley, nos degraus do Sproul Hall, no coração do campus da universidade.

"Depois que Harvard enfrentou o tirano, a Columbia, que estava se rendendo, se levantou e disse não."

Depois que Garber, de Harvard, divulgou sua carta na segunda-feira, o governo Trump disse que estava congelando US$ 2,3 bilhões em financiamento para a universidade.

A secretária do Departamento de Segurança Interna, Kristi Noem, anunciou na quarta-feira a rescisão de dois subsídios do Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS), totalizando mais de US$2,7 milhões para Harvard, e disse que a universidade perderia sua capacidade de matricular estudantes estrangeiros caso não atenda às exigências de compartilhar informações sobre alguns portadores de visto.

Em resposta, um porta-voz de Harvard disse que a universidade mantém sua declaração anterior de "não abrir mão de sua independência ou de seus direitos constitucionais", ao mesmo tempo em que afirmou que cumprirá a lei.

(Reportagem de Nathan Frandino, de Berkeley, Califórnia; Reportagens adicionais de Trevor Hunnicutt e Steve Holland, em Washington, e Rich McKay, em Atlanta)

((Tradução Redação Brasília))

REUTERS MCM

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