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Governo Trump nomeia oficial júnior para supervisionar Serviço de Relações Exteriores dos EUA, dizem fontes

Reuters5 de abr de 2025 às 17:19

Por Humeyra Pamuk

- O governo dos Estados Unidos nomeou um advogado de segurança nacional que entrou no serviço estrangeiro há apenas quatro anos como o principal funcionário que supervisiona a força de trabalho global do Departamento de Estado, de acordo com três fontes familiarizadas com o assunto e um email interno visto pela Reuters.

A contratação de Lew Olowski para dirigir o Global Talent Management Bureau do departamento ocorre no momento em que o o presidente Donald Trump reduz a força de trabalho norte-americana e procura reformular o corpo diplomático dos EUA para garantir apoio a suas políticas "America First".

Olowski atuou como conselheiro sênior no Departamento de Segurança Interna durante o primeiro governo Trump. Ele foi nomeado Oficial Sênior do Bureau de Gestão de Talentos Globais do Departamento, segundo as autoridades.

Olowski, que entrou para o serviço de relações exteriores em 2021, ocupará temporariamente um cargo tradicionalmente ocupado por oficiais veteranos do serviço de relações exteriores, incluindo embaixadores, normalmente com décadas de experiência.

A nomeação dele causou um choque em toda a força de trabalho do Departamento de Estado e atraiu objeção da Associação norte-americana de Serviços Estrangeiros, que representa os oficiais do serviço estrangeiro, dizendo que é "profundamente preocupante" nomear Olowski. A entidade comparou a medida a colocar um oficial militar júnior no comando do sistema de pessoal do Pentágono.

"Colocar um oficial de nível inicial, sem estabilidade, que serviu apenas uma turnê completa no exterior, nessa função crítica, mesmo em uma capacidade interina, não apenas desconsidera essa tradição, mas também envia uma mensagem clara sobre o valor que esse governo dá à experiência e à progressão profissional", disse a Associação em comunicado.

Não ficou imediatamente claro quando o governo estava planejando nomear um Diretor Geral para o Serviço de Relações Exteriores, que é um cargo confirmado pelo Senado.

"MOMENTO DE TRANSIÇÃO"

Em um email interno enviado a alguns funcionários do Departamento de Estado, a antecessora de Olowski, Catherine Rodriguez, ex-embaixadora que liderou o Departamento de Gestão de Talentos Globais desde o início do governo Trump, descreveu os últimos meses como um "profundo momento de transição" e pediu aos funcionários que dessem as boas-vindas a Olowski, que assumirá seu novo cargo a partir da próxima semana.

Pelo menos um diplomata ameaçou se demitir por causa da nomeação.

Kent Longsdon, diplomata de carreira e ex-embaixador dos EUA na Moldávia, que atuou como vice-secretário adjunto principal no departamento que Olowski lideraria, disse que se demitiria em protesto, disseram duas autoridades americanas familiarizadas com a conversa.

"Não vamos comentar sobre questões internas de pessoal", disse um porta-voz do Departamento de Estado quando perguntado sobre a nomeação de Olowski.

A força de trabalho global de quase 70 mil pessoas do Departamento de Estado dos EUA está se preparando para possíveis cortes de pessoal e fechamento de missões dos EUA no exterior, à medida que Trump, com a ajuda do bilionário Elon Musk, avança com milhares de demissões.

Olowski é bolsista da Ben Franklin, uma rede que inclui muitas pessoas que serviram sob o comando de Trump, inclusive o atual vice-secretário de Estado, Christopher Landau.

Em fevereiro, Trump emitiu uma decreto instruindo o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, a reformular o serviço de relações exteriores para garantir a "implementação fiel e eficaz" da agenda de política externa do bilionário.

A ordem dizia que a não implementação da agenda do presidente é motivo para disciplina profissional, o que pode resultar na demissão de funcionários.

Trump, juntamente com Musk, já demitiu milhares de funcionários federais e desmantelou a principal agência de ajuda internacional do país, a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional, colocando em risco entrega de alimentos e ajuda médica e interrompendo a influência dos EUA na política internacional.

((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447753))

REUTERS AAJ

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