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EUA fazem lobby no Conselho de Direitos da ONU, abandonado por Trump, dizem diplomatas

Reuters4 de abr de 2025 às 14:35

Por Emma Farge e Olivia Le Poidevin

- Dois meses após o presidente Donald Trump ter anunciado a suspensão do envolvimento dos Estados Unidos com o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, Washington está influenciando seu trabalho por meio de pressões públicas e nos bastidores, disseram sete diplomatas e defensores dos direitos humanos.

Os Estados Unidos deixaram seu assento vazio durante sessão de seis semanas do conselho de 47 membros que terminou na sexta-feira, mas seu lobby e pressão tiveram algum sucesso, disseram as fontes à Reuters.

Elas disseram que os Estados Unidos, que acusaram o conselho de ter um viés anti-Israel, se concentraram em enfraquecer uma proposta do Paquistão sobre a criação de um Mecanismo Internacional, Imparcial e Independente (IIIM), o tipo mais rigoroso de investigação da ONU, sobre as ações de Israel nos Territórios Palestinos Ocupados.

A versão da proposta do Paquistão aprovada na quarta-feira pelo conselho, cuja missão é promover e proteger os direitos humanos em todo o mundo, não incluía a criação do IIIM.

O conselho já tem uma comissão de investigação sobre os Territórios Palestinos, mas a proposta do Paquistão teria criado uma investigação adicional com poderes extras para reunir provas para possível uso em tribunais internacionais.

Uma carta de 31 de março enviada por Brian Mast, presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados dos EUA, e James R. Risch, presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, advertiu contra a aprovação da proposta.

"Qualquer Estado membro do CDH ou entidade da ONU que apoiar um IIM específico para Israel ... enfrentará as mesmas consequências que o TPI enfrentou", diz a carta.

A carta parecia estar se referindo às sanções aprovadas pela Câmara dos Deputados contra o Tribunal Penal Internacional em protesto contra os mandados de prisão contra o primeiro-ministro e o ex-ministro da Defesa de Israel por causa da campanha israelense em Gaza.

A versão final da proposta do Paquistão se referiu apenas a um convite à Assembleia Geral da ONU para considerar um IIIM no futuro.

Dois diplomatas baseados em Genebra disseram ter recebido mensagens de diplomatas norte-americanos antes da mudança de redação, pedindo que se opusessem à nova investigação.

"Eles estavam dizendo: 'recuem nessa questão'", afirmou um deles, que falou sob condição de anonimato.

A Reuters não conseguiu determinar se a revisão foi um resultado direto das ações dos EUA.

Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA disse que estava cumprindo decreto assinado por Trump em 4 de fevereiro, retirando os EUA do conselho e que não participaria dele, acrescentando: "Por uma questão de política, não fazemos comentários sobre conversas diplomáticas privadas".

A missão diplomática do Paquistão em Genebra não respondeu a um pedido de comentário.

"Os EUA parecem estar tentando ter as duas coisas. Não querem pagar nem participar da ONU, mas ainda assim querem mandar nela", disse Lucy McKernan, diretora adjunta para as Nações Unidas no escritório da Human Rights Watch em Genebra.

((Tradução Redação São Paulo))

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