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Brasil surge como possível vencedor na guerra comercial de Trump, afirma WSJ

TradingKey
AutorJane
2 de abr de 2025 às 13:13
  • Brasil pode se beneficiar da guerra comercial entre EUA e China, com potencial para expandir mercado em ambos os países.
  • A crescente demanda chinesa por produtos brasileiros e o investimento chinês no Brasil podem impulsionar a economia nacional.
  • O Brasil busca consolidar parcerias comerciais e explorar novos mercados, minimizando riscos tarifários.

O Brasil surge como potencial beneficiário da intensificação da guerra comercial entre Estados Unidos e China. Conforme relatado pelo Wall Street Journal na última terça-feira (1º), a retaliação chinesa às tarifas impostas pelo presidente Donald Trump poderia abrir novas oportunidades para produtos brasileiros tanto em Pequim como em Washington. Essa conjuntura oferece ao Brasil a chance de transformar a instabilidade global em oportunidades econômicas.

A percepção de que o Brasil, com vastos recursos em alimentos, energia e metais, pode consolidar sua posição como fornecedor estratégico está em ascensão. Além de commodities como carne, minério de ferro e petróleo, surgem janelas para produtos industrializados brasileiros ganharem espaço no mercado global. Um exemplo notável é o aumento nas compras de soja brasileira por empresas chinesas, que estão antecipando embarques para reduzir a dependência do grão norte-americano.

A relação comercial entre Brasil e China, consolidada desde 2009, se aprofunda com investimentos chineses no Brasil ultrapassando US$ 70 bilhões, especialmente nos setores de energia, infraestrutura e transporte. Projetos como ferrovias estratégicas, desenvolvidos por estatais chinesas, ampliam a capacidade logística do Brasil e reduzem custos logísticos.

Nos Estados Unidos, setores como o de calçados veem potencial em ocupar o espaço deixado por produtos chineses atingidos por tarifas. Com abundância de matéria-prima e mão de obra qualificada, o setor espera ganhar impulso com o realinhamento das relações comerciais. Apesar do risco de novas tarifas dos EUA, especialistas apontam que o superávit comercial do Brasil com os americanos pode atenuar impactos adversos. O Brasil também busca acordos bilaterais, especialmente no setor siderúrgico, para mitigar medidas protecionistas.

Além disso, a recente visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Japão sugere esforços governamentais para abrir novos mercados, como o japonês para a carne bovina brasileira, em meio à reconfiguração global do comércio.

Revisado porJane
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