EUA dizem que há "proposta de ponte" para cessar-fogo em Gaza, mas janela se fecha "rapidamente"

WASHINGTON, 19 Mar (Reuters) - O Departamento de Estado dos Estados Unidos disse nesta quarta-feira que ainda há "uma proposta de ponte sobre a mesa que poderia estender o cessar-fogo" em Gaza, mas afirmou que a oportunidade está "se fechando rapidamente".

"Neste momento, ainda temos uma proposta de ponte sobre a mesa que estenderia o cessar-fogo e permitiria a libertação de cinco reféns vivos, incluindo o americano Edan Alexander. Ela também permitiria a libertação de um número substancial de palestinos mantidos em prisões israelenses", disse um porta-voz do Departamento de Estado.

"A oportunidade ainda existe, mas está se fechando rapidamente."

O Exército israelense disse nesta quarta-feira que suas forças retomaram as operações terrestres em Gaza, enquanto um segundo dia de ataques aéreos matou pelo menos 48 palestinos, segundo profissionais de saúde locais.

Um dia antes, mais de 400 palestinos foram mortos em ataques aéreos israelenses em um dos episódios mais mortais desde o início da guerra de Israel em Gaza, em outubro de 2023.

O movimento destruiu quase dois meses de relativa calma desde que um cessar-fogo entrou em vigor entre Israel e o grupo militante palestino Hamas, que controla Gaza.

O porta-voz do Departamento de Estado disse que a proposta era "convincente" e que Washington está ao lado de Israel.

O mais recente derramamento de sangue no conflito israelense-palestino, que já dura décadas, foi desencadeado em 7 de outubro de 2023, quando militantes palestinos do Hamas atacaram Israel, matando 1.200 pessoas e fazendo cerca de 250 reféns, de acordo com os registros israelenses.

O subsequente ataque militar de Israel a Gaza matou mais de 49.000 palestinos, segundo o Ministério da Saúde local, além de provocar acusações de genocídio e crimes de guerra que Israel nega. O ataque deslocou internamente quase toda a população de 2,3 milhões de habitantes de Gaza e causou uma crise de fome.

(Reportagem de Daphne Psaledakis e Kanishka Singh em Washington)

((Tradução Redação Brasília))

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