WASHINGTON, 18 Mar (Reuters) - A administração Trump enfrenta um prazo até ao meio-dia de terça-feira para fornecer detalhes sobre os aviões cheios de venezuelanos que deportou, apesar de um juiz ter emitido uma proibição temporária de os remover.
Os advogados do Departamento de Justiça dos EUA devem responder até ao meio-dia (1600 GMT) às questões colocadas pelo juiz distrital James Boasberg sobre os voos para El Salvador e sobre a proclamação que o presidente Donald Trump emitiu para justificar a sua remoção do país ao abrigo de uma lei de 1798.
Os advogados de Trump argumentaram que a autoridade do tribunal sobre o assunto era limitada, alimentando preocupações sobre o facto de Trump ter alargado ainda mais os limites do poder executivo e criado um potencial conflito constitucional com o poder judicial.
Na segunda-feira, o Departamento de Justiça dos EUA tentou retirar Boasberg do caso.
O governo também levantou preocupações de segurança nacional sobre a resposta às perguntas do juiz, sugerindo que pelo menos parte da sua resposta pode permanecer selada.
A controvérsia começou com a proclamação de Trump publicada no sábado, invocando a Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798 para declarar que a gangue prisional venezuelana Tren de Aragua estava a conduzir uma guerra irregular contra os EUA.
A administração Trump alegou que os deportados eram membros do gangue e começou a retirá-los no sábado à noite, antes do juiz ordenar que qualquer voo fosse interrompido ou devolvido aos Estados Unidos.
O Tren de Aragua é uma temida organização criminosa que trafica seres humanos na América do Sul, mas, apesar da alegação de Trump de que o grupo estava a invadir os Estados Unidos, há poucas evidências documentadas de qualquer operação em grande escala nos EUA.
Texto integral em inglês: nL1N3Q10HM