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Políticas de Trump esfriam acordos de fusões e aquisições em Wall Street

Reuters5 de mar de 2025 às 12:26

Por Svea Herbst-Bayliss e Abigail Summerville e Sabrina Valle

- Uma empresa de private equity em negociações iniciais para comprar uma pequena fabricante de alimentos dos Estados Unidos e fundi-la com uma rival canadense estava otimista quanto à conclusão do acordo neste ano - até que o presidente Donald Trump assumiu o cargo em janeiro.

As negociações foram paralisadas indefinidamente depois que Trump disse que iria impor uma tarifa de 25% sobre os produtos do Canadá. Ele cumpriu a promessa na terça-feira, provocando perdas nos mercados globais e a retaliação de outros países.

"Não podemos correr esse risco neste momento", disse o investidor dias antes de Trump impor tarifas de 25% sobre produtos de México e Canadá, desencadeando uma guerra comercial global.

Trump também dobrou as taxas sobre as importações da China para 20%.

"Seríamos muito agressivos nesse acordo se não houvesse tanta incerteza em relação às tarifas", disse o executivo, pedindo para não ser identificado porque as conversas são privadas.

Em Wall Street, executivos e investidores estão encontrando obstáculos para concluir acordos ou mesmo para iniciar conversas exploratórias, de acordo com entrevistas com mais de 20 investidores, advogados de fusões e aquisições, e gestores de hedge funds.

Analistas de Wall Street se animaram quando Trump foi eleito em novembro, prevendo um ano excepcional para fusões e aquisições com uma projeção de US$4 trilhões em possíveis acordos corporativos, o maior valor em pelo menos uma década.

Em vez disso, 2025 começou com um sentimento de apreensão.

Negociadores e executivos estão buscando navegar pelas rápidas mudanças econômicas e de políticas globais desencadeadas nas primeiras seis semanas do novo governo Trump - desde tarifas retaliatórias até as demissões de Elon Musk em órgãos federais.

O ritmo das fusões e aquisições nos EUA nos dois primeiros meses de 2025 foi o mais fraco desde a crise financeira, com apenas 1.603 acordos assinados até sexta-feira, tornando-se a abertura mais lenta em termos de volume desde 2009, segundo dados da Dealogic.

O total de acordos caiu mais de 19%, enquanto o valor total caiu 29%, para US$248,78 bilhões, em relação aos dois primeiros meses do ano passado.

Trump impôs tarifas contra uma série de bens de consumo e matérias-primas, prometendo aumentar os preços de carros, bens de consumo, gasolina e tecnologia.

"As perspectivas de tarifas mais altas e a escalada das tensões entre os EUA e seus parceiros comerciais são as principais preocupações para muitos tomadores de empréstimos corporativos dos EUA que avaliamos", disse a S&P Global em um relatório na quinta-feira.

"Também permanecem incertezas significativas em relação a outras medidas - incluindo tarifas recíprocas e tarifas adicionais sobre produtos específicos, bem como a possibilidade de tarifas de 25% sobre as importações da União Europeia."

Mesmo que os acordos estejam sendo deixados de lado por enquanto, muitos em Wall Street ainda esperam que as posições de Trump em relação a impostos e regulações abram caminho para grandes acordos neste ano, como a venda do aplicativo chinês TikTok.

Vários negociadores dos principais bancos dos EUA, que pediram anonimato porque não estão autorizados a falar publicamente, disseram que o trabalho está em andamento em outros possíveis acordos que criariam megaempresas norte-americanas para competir com a China.

Eles não esperam que o Departamento de Justiça sob Trump impeça esses acordos, como foi o caso no governo de Joe Biden.

((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))

REUTERS FC

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