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Merz se diz aberto sobre dívida conforme partidos alemães iniciam negociações

Reuters28 de fev de 2025 às 20:51

Por Andreas Rinke e Matthias Williams

- O vencedor da eleição alemã, Friedrich Merz, disse nesta sexta-feira estar aberto para reformar os limites legais de gastos, em um momento no qual os conservadores começaram a negociar a formação de uma coalizão com os social-democratas (SPD), do chanceler Olaf Scholz, que deixará o cargo.

Investidores querem um rápida flexibilização dos limites chamados de “freio da dívida”, para tirar a maior economia da Europa da estagnação e financiar uma reforma militar da Alemanha, algo que ganhou urgência com a volta de Donald Trump à Casa Branca, negociando com a Rússia nas costas da Europa e da Ucrânia.

Merz afirmou ao jornal Frankfurter Allgemeine que os partidos estão negociando os limites e também se devem financiar um aumento no gasto em Defesa, embora tenha dito que não quer prejulgar as negociações partidárias.

“Eu gostaria sentir como o processo de formação de opinião será no meu próprio grupo parlamentar e no SPD”, afirmou Merz.

A aritmética partidária significa que o SPD, de centro-esquerda, será o mais provável aliado para ajudar os conservadores de Merz a formar uma nova maioria para governar, mas há algumas rusgas de lado a lado após uma disputada campanha eleitoral.

“As sondagens começaram com uma atmosfera aberta e construtiva”, informou o comunicado conjunto após horas de negociações, que continuarão na próxima semana.

Merz, que criticou o governo Trump na noite em que foi eleito, afirmou que a Alemanha deveria “esperar pelo melhor e se preparar para o pior” vindo dos EUA.

Pressionado pela Ucrânia, Merz afirmou ainda estar aberto a fornecer a Kiev mísseis de longo alcance Taurus, mas afirmou precisar de um acordo a nível europeu.

O líder, que tem 69 anos, disse que a Alemanha deveria ajudar a Ucrânia, mas que agora não é o momento de discutir a presença europeia no campo de batalha para defender um futuro cessar-fogo.

“Aprendemos que não devemos ir a lugar algum de onde não se sabe como sair. Temos que aprender com a experiência do Afeganistão”, afirmou.

(Reportagem de Andreas Rinke, Holger Hansen, Matthias Williams, Ludwig Burger)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS AC

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