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Ativistas querem ajudar Trump a deportar alguns estudantes estrangeiros

Reuters28 de fev de 2025 às 15:42

Por Andrew Hay e Julia Harte

- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou em janeiro decretos visando estrangeiros que defendiam ideologias de ódio e antissemitismo, especificamente estudantes internacionais envolvidos em protestos universitários pró-palestinos.

Para grupos ativistas, desde as Mães Contra o Antissemitismo Universitário (Maca, na sigla em inglês) e a Aliança Judaica de Chicago até alas norte-americanas da organização sionista Betar e a rede de vigilância Shirion Collective, as medidas de Trump forneceram o que eles disseram ser uma ferramenta há muito tempo esperada para ajudar a reprimir o antissemitismo nas universidades.

"Se os estudantes estão aqui com vistos e estão assediando nossos filhos, eles definitivamente devem ser deportados", disse a fundadora da Maca, Elizabeth Rand, no Facebook em 7 de fevereiro, depois de publicar um link para um canal de denúncia da autoridade de Imigração e Alfândega dos EUA, em 21 de janeiro.

A organização Betar, rotulada como um grupo extremista pelo grupo judaico Liga Antidifamação, foi além e diz ter fornecido nomes de estudantes estrangeiros e professores ao governo Trump para deportação. O grupo não forneceu provas da tal lista, mas o porta-voz Daniel Levy declarou "estamos satisfeitos que esse processo tenha começado agora", ao comentar sobre as deportações prometidas.

Os Departamentos de Justiça, Estado e Segurança Interna dos EUA não responderam a pedidos de comentário.

Os decretos de Trump ainda não tiveram o mesmo impacto da proibição de viagens no primeiro mandato do presidente norte-americano, quando cidadãos de sete países de maioria muçulmana foram impedidos de entrar nos EUA, provocando caos em aeroportos até que um tribunal federal decidiu que a medida era inconstitucional.

Advogados de direitos civis, no entanto, disseram que os decretos podem violar direitos constitucionais de liberdade de expressão. Grupos árabes norte-americanos afirmaram que estão preparados para contestar a política no tribunal.

A reação de alguns grupos ativistas judaicos às medidas de Trump mostram uma disposição dessas organizações em trabalhar com o governo em uma causa comum. Alguns membros da Maca, porém, disseram que estavam deixando o grupo porque denúncias sobre estrangeiros pareciam mencionar informações sobre os judeus durante a Segunda Guerra Mundial, de acordo com postagens no Facebook.

Os principais grupos de defesa judaicos dos EUA, como a Liga Antidifamação e o Comitê Judeu Americano, receberam bem os decretos de Trump, mas não chegaram a pedir que pessoas denunciassem estudantes estrangeiros ao governo.

O ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e a subsequente ofensiva israelense em Gaza levaram a meses de protestos pró-palestinos que agitaram campus universitários dos EUA.

Grupos de direitos civis documentaram um aumento nos crimes de ódio e incidentes contra judeus, muçulmanos, árabes e outras pessoas de ascendência do Oriente Médio.

Na internet, grupos judaico-americanos e pró-Israel fizeram doxing (dossiês online) sobre estudantes e professores norte-americanos e estrangeiros que as organizações acusam de apoiar o Hamas, publicando fotos e informações pessoais. Vários grupos pró-palestinos usaram táticas semelhantes para chamar a atenção para defensores de Israel.

(Reportagem de Andrew Hay, no Novo México, e Julia Harte, em Nova York; reportagem adicional de Jonathan Allen)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS VP ES

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