Por Kanishka Singh
WASHINGTON, 23 Fev (Reuters) - O enviado especial do presidente Donald Trump, Steve Witkoff, e o secretário do Tesouro, Scott Bessent, disseram neste domingo que esperam que um acordo seja assinado esta semana sobre o acesso dos EUA aos depósitos minerais críticos da Ucrânia.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, vacilou "em seu compromisso com isso há uma semana", disse Witkoff em uma entrevista à CNN, referindo-se à rejeição do líder ucraniano à proposta original dos EUA.
"O presidente (Trump) enviou a mensagem a ele. Ele não está mais vacilando."
Zelenskiy percebeu "que fizemos muito (pela Ucrânia)... e acho que você o verá (o acordo) assinado esta semana", continuou Witkoff.
Zelenskiy já havia rejeitado as exigências dos EUA de US$500 bilhões em riquezas minerais da Ucrânia para pagar Washington pela ajuda durante a guerra, dizendo que os EUA não haviam fornecido nem perto dessa quantia.
"O acordo será assinado", disse Bessent em uma entrevista à Fox News no domingo, acrescentando que estava "esperançoso" de que isso aconteceria na próxima semana.
O chefe de gabinete do presidente ucraniano disse no domingo que a próxima rodada de negociações com os Estados Unidos sobre um acordo continuará.
Trump tem pressionado por um acordo para acabar com a guerra na Ucrânia e realizou ligações separadas com o presidente russo, Vladimir Putin, e Zelenskiy no início deste mês.
As principais autoridades de Trump se reuniram recentemente com seus colegas russos na Arábia Saudita em conversas que não incluíram a Ucrânia.
Trump também chamou Zelenskiy de ditador na quarta-feira.
Trump pediu aos presidentes da Rússia e da Ucrânia que trabalhem juntos para acabar com a guerra, que começou quando a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022. A Rússia havia anexado a Crimeia em 2014.
Trump enfrentou críticas internas e internacionais na semana passada depois de dizer que a Ucrânia "nunca deveria ter começado" a guerra antes de reverter o curso e dizer que a Rússia de fato invadiu a Ucrânia.
"A guerra não precisava ter acontecido. Ela foi provocada. Isso não significa necessariamente que tenha sido provocada pelos russos. Na época, houve todo tipo de conversa sobre a adesão da Ucrânia à Otan. Isso não precisava acontecer. Basicamente, ela se tornou uma ameaça para os russos", disse Witkoff à CNN no domingo.
((Tradução Redação São Paulo 55 11 56447751)) REUTERS RS