Repete 17 de fevereiro, sem alterações no texto
Por Helen Reid
LONDRES, 18 Fev (Reuters) - O presidente executivo da varejista de fast-fashion Shein, Donald Tang, disse aos investidores em uma carta na segunda-feira que "o crescimento continua forte", apesar dos Estados Unidos terem encerrado o tratamento isento de impostos para pacotes de comércio eletrônico de baixo valor da China e aumentado as tarifas.
A Shein está trabalhando para uma oferta pública inicial em Londres, mas a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de encerrar a provisão de isenção de impostos "de minimis" para importações (link) da China, avaliado em menos de US$ 800, gerou preocupações sobre seu modelo de negócios, com alguns analistas dizendo que a Shein e a rival PDD.O Temu, de propriedade da PDD Holdings, teriam que aumentar os preços (link).
A carta, vista pela Reuters, parecia ter como objetivo tranquilizar os investidores de que a Shein, conhecida por vestidos de US$ 10 e tênis de US$ 15, manterá sua vantagem em um ambiente altamente competitivo de vestuário com desconto nos EUA, seu maior mercado.
"Enquanto escrevo esta nota para vocês, apesar dos desafios recentes, nosso crescimento continua forte, impulsionado pela nossa capacidade de oferecer uma seleção diversificada de produtos de moda e estilo de vida a preços consistentemente acessíveis", escreveu Tang.
Shein está investindo em "avanços na cadeia de suprimentos para aumentar a eficiência e a capacidade de resposta", bem como em melhor logística "para garantir entregas mais rápidas e confiáveis", disse ele na carta.
Shein não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. A carta não deu números de crescimento ou informações financeiras.
Os investidores da Shein incluem Sequoia Capital, General Atlantic, Declaration Partners, Brookfield e Claure Group, de acordo com a PitchBook. Os investidores não puderam ser contatados imediatamente para comentar.
A Reuters informou no início deste mês, citando três fontes com conhecimento do assunto, que a Shein está prestes a cortar sua avaliação (link) em seu IPO em Londres para cerca de US$ 50 bilhões.
O fim do de minimis (link), uma regra que permitiu que compradores americanos evitassem pagar alfândega na maioria das compras da Shein, era amplamente esperada. Mas a decreto de Trump deu apenas três dias de aviso para que as complexas cadeias de suprimentos internacionais se adaptassem, causando atrasos nos pedidos dos clientes, pois os pacotes se acumulavam nos aeroportos.
Trump acabou restabelecendo temporariamente a provisão de isenção de impostos e colocou o Departamento de Comércio encarregado de descobrir como tornar a mudança viável. Não está claro quanto tempo isso levará (link).
Em sua carta, Tang disse que apoia a reforma de minimis, uma posição que ele tornou pública pela primeira vez em julho de 2023.
"Há muito tempo defendo uma reforma de minimis que priorize os consumidores americanos, porque na SHEIN nosso foco está nos clientes, não na política alfandegária", escreveu ele.