BRUXELAS, 17 Fev (Reuters) - Keith Kellogg, enviado do presidente dos Estados Unidos para a Ucrânia, disse nesta segunda-feira que ninguém irá impor um acordo de paz a Kiev e que questionamentos sobre se Washington forneceria garantias para futuras forças de paz europeias serão abordadas posteriormente.
Autoridades seniores norte-americanas, incluindo o secretário de Estado, Marco Rubio, mas não Kellogg, devem se reunir nesta terça-feira com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, para reuniões focadas em acabar com a guerra na Ucrânia e sobre as relações entre Rússia e EUA.
Kellogg, que afirmou que visitará o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, em Kiev nesta semana, disse a repórteres na sede da Otan em Bruxelas que ninguém irá impor um acordo “a um líder eleito de uma nação soberana”.
Ele também reiterou que está conversando com aliados europeus, que têm pressionado para serem incluídos nas negociações, mas que, na sua opinião, não é viável que todos se sentem na mesa.
Autoridades europeias ficaram chocadas com ações do governo Trump nos últimos dias para cortejar a Rússia, que lançou uma invasão total da Ucrânia há quase três anos, provocando uma onda de sanções e ostracismo do Ocidente.
Washington enviou um questionário às capitais europeias para perguntar com o que elas poderiam contribuir para garantias de segurança a Kiev, aumentando a urgência das discussões entre aliados europeus sobre como responder à mudança de política dos Estados Unidos.
Líderes de França, Reino Unido, Alemanha, Dinamarca, Polônia, Itália, Espanha e Holanda, além de autoridades de alto escalão da Otan e da União Europeia, estavam realizando uma reunião de emergência em Paris nesta segunda-feira.
(Reportagem de Lili Bayer e Makini Brice)