Por Idrees Ali e Phil Stewart
WASHINGTON, 10 Fev (Reuters) - O Exército dos Estados Unidos não permitirá mais que transgêneros se alistem no Exército e deixará de realizar ou facilitar procedimentos associados à transição de gênero para membros do serviço militar, informou um memorando do secretário de Defesa, Pete Hegseth, apresentado aos tribunais nesta segunda-feira.
O presidente Donald Trump assinou um decreto no mês passado que visava soldados transgêneros de forma pessoal -- ao ponto de dizer que um homem que se identifica como mulher não era "consistente com a humildade e o altruísmo exigidos de um membro do serviço militar".
"Com efeito imediato, todas as novas adesões de indivíduos com um histórico de disforia de gênero estão paralisadas", diz Hegseth no memorando, datado em 7 de fevereiro e apresentado nesta segunda-feira ao Tribunal Distrital de Washington D.C..
"Todos os procedimentos médicos não programados, programados ou planejados associados à afirmação ou facilitação de transição de gênero para membros do serviço militar estão suspensos", afirma.
Hegseth afirmou que indivíduos com disforia de gênero que já estão no Exército serão "tratados com dignidade e respeito" e que o sub-secretário de Defesa para pessoal e prontidão forneceria mais detalhes sobre o que isso significa.
O Exército tem cerca de 1,3 milhão de pessoas na ativa, segundo dados do Departamento de Defesa. Enquanto ativistas dos direitos transgêneros dizem que há até 15.000 militares transgêneros, autoridades afirmam que esse número está na casa de alguns milhares.
Segundo uma pesquisa da Gallup publicada nesta segunda-feira, 58% dos norte-americanos são a favor de permitir que indivíduos abertamente transgêneros sirvam no Exército, mas o apoio caiu de 71% em 2019.
(Reportagem de Idrees Ali)
((Tradução Redação Brasília))
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