Por Sergio Goncalves
LISBOA, 7 Fev (Reuters) - O banco português do Santander SAN.MC não está interessado em comprar o Novo Banco, afirmou, esta sexta-feira, o seu CEO, Pedro Castro Almeida, já que a sua estratégia se centrará no crescimento orgânico.
Almeida disse, em Novembro, que o Santander Totta poderia considerar uma potencial aquisição do Novo Banco, dependendo do preço.
"Não queremos comprar o Novo Banco... seguimos o que se passa no mercado, no presente e no futuro, (e) a nossa estratégia passa pelo crescimento orgânico", disse Castro Almeida aos jornalistas, citado pelo ECO.
O fundo norte-americano Lone Star, que detém 75% do Novo Banco, estava a ponderar uma IPO ou uma venda total, no valor de cerca de 5 mil milhões de euros (5,21 mil milhões de dólares), que poderia levar a uma fusão com outro banco em Portugal, disseram fontes com conhecimento do assunto.
O Novo Banco foi criado em 2014 como resultado de um resgate do governo ao Banco Espírito Santo, que entrou em colapso. O fundo de resolução de Portugal e o Estado detêm os restantes 25% da participação.
O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, disse à Reuters, na quarta-feira, que uma IPO do Novo Banco seria benéfica para o sector bancário português, mas apelou a uma abordagem cautelosa para qualquer consolidação adicional, de modo a não comprometer os resultados alcançados em termos de capital, liquidez e custos.
Os cinco maiores bancos portugueses, que incluem também a estatal Caixa Geral de Depósitos (CGD), o Millennium bcp BCP.LS e o Banco BPI, do Caixabank CABK.MC, controlam mais de 80% dos activos bancários, mas os analistas vêem espaço para uma maior consolidação.
A administração do Novo Banco, no entanto, diz que o banco estaria melhor como um banco autónomo.
O presidente do Millennium bcp, Miguel Maya, disse que o seu banco poderia analisar a compra do Novo Banco se fosse ao preço certo e criasse valor, mas a prioridade é remunerar os accionistas.
Texto integral em inglês: nL8N3OY1H8