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Powell desvia de perguntas sobre e Trump e diz que não há pressa para ajustes

Investing.com29 de jan de 2025 às 20:25

Investing.com – Após a decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed) de manter a taxa básica de juros dos Estados Unidos, o chairman do Fed, Jerome Powell, evitou responder questionamentos sobre falas do presidente Donald Trump e disse que, diante de uma economia forte, não haveria pressa em ajustar a política monetária, que estaria bem calibrada diante dos riscos.

Powell não quis rebater comentários de Trump, mas disse que não houve contato de qualquer demanda do presidente. O republicano havia dito que exigiria que os juros "caíssem imediatamente". O chairman tratou do tema em coletiva de imprensa nesta quarta, na sequência do comunicado do Fomc, que decidiu pela manutenção das fed funds no patamar atual, entre 4,25% e 4,5% ao ano.

LEIA MAIS EM: Fed confirma projeções e mantém taxa de juros

O presidente do Fed ainda foi questionado por jornalistas sobre ajuste no parágrafo que retirava a frase sobre progresso na inflação, e respondeu que houve apenas uma redução do conteúdo, sem o objetivo de fornecer alguma sinalização.

Durante o encontro, Powell afirmou que o mercado de trabalho não é fonte de pressões inflacionárias significantes. A recalibragem anterior foi correta, mas cortar os juros demais ou de forma muito rápida pode afetar o progresso. Por outro lado, deixar os juros em níveis muito elevados, com ajustes realizados devagar demais, pode enfraquecer a economia e o emprego.

As próximas decisões serão baseadas em dados e nas perspectivas para os principais indicadores da economia americana.

A política, segundo Powell, estaria de acordo com os riscos e perspectivas dos dois objetivos considerados no duplo mandato: máximo emprego com estabilidade de preços, com meta de 2% para a inflação.

“Se a economia continuar forte e a inflação não continuar a se mover de forma sustentável para 2%, podemos manter a política restritiva por mais tempo. Se o mercado de trabalho se enfraquecer inesperadamente ou a inflação cair mais rápido do que antecipado, podemos flexibilizar a política de acordo”.

Sem pistas para o mercado?

Além de não ter indicado forward guidance para as próximas reuniões, o Federal Reserve buscou não fornecer pistas para possíveis novos ajustes, inclusive na coletiva do chairman Jerome Powell.

“Não houve surpresas na decisão de hoje e o comitê seguiu o protocolo de não oferecer pistas sobre os próximos movimentos de política monetária. No entanto, foi enfático em ressaltar que mercado de trabalho está forte e a inflação permanece acima da meta”, destaca Danilo Igliori economista-chefe da Nomad.

A adoção e execução do plano econômico nos Estados Unidos é incerto, ressalta Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research. “O Fed deve manter a postura técnica e esperar a evolução da economia norte-americana para tomada de decisão, sem se precipitar, a fim de manter a sua credibilidade”.

Enquanto isso, repercutindo a fala de Powell de que não haveria pressa para ajustes, o analista sênior do Investing.com Jesse Cohen afirmou que “parece que o ciclo de flexibilização da Fed terminou”.

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