Por Andrew Goudsward
WASHINGTON, 29 Jan (Reuters) - Promotores dos Estados Unidos decidiram nesta quarta-feira encerrar o processo criminal contra dois auxiliares do presidente Donald Trump por supostamente terem ajudado a obstruir uma investigação sobre o manuseio incorreto de documentos confidenciais por Trump, segundo um processo judicial.
O motorista pessoal de Trump, Walt Nauta, e o gerente de propriedades, Carlos de Oliveira, não se opuseram à decisão do promotor, de acordo com o processo.
A medida encerraria a última parte remanescente dos dois processos contra Trump apresentados pelo procurador especial Jack Smith, que se demitiu do Departamento de Justiça no início deste mês, antes do retorno de Trump à Presidência. Ela ainda precisa ser aprovada por um tribunal federal de apelações.
"Carlos nunca deveria ter sido acusado nesse caso em primeiro lugar, e não tenho dúvida de que ele teria sido absolvido no julgamento", disse John Irving, advogado de Oliveira, em um comunicado. "É bom ver o Departamento de Justiça tendo um juízo melhor atualmente."
Um advogado de Nauta, Richard Klugh, disse à Reuters que a decisão foi "absolutamente a coisa certa".
Smith desistiu dos dois casos que acusavam Trump de reter ilegalmente documentos confidenciais e tentar subverter os resultados da eleição de 2020 após a vitória de Trump nas eleições de novembro, citando a política de longa data do departamento de não processar um presidente em exercício.
Mas os promotores já haviam indicado que continuariam com seu processo contra Nauta e Oliveira, que haviam sido acusados juntamente com Trump no caso dos documentos.
Ambos se declararam inocentes das acusações de que haviam ajudado Trump a obstruir as tentativas do governo dos EUA de recuperar material confidencial na residência de Trump em Mar-a-Lago.
(Reportagem de Andrew Goudsward)
((Tradução Redação Rio de Janeiro))
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