Trump notifica tribunal sobre recurso contra condenação decorrente de pagamento a estrela pornô

Por Luc Cohen e Mike Spector

NOVA YORK, 29 Jan (Reuters) - Os advogados do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, notificaram formalmente um tribunal do Estado de Nova York sobre sua intenção de recorrer de sua condenação criminal por acusações decorrentes de um pagamento pelo silêncio de uma estrela pornô.

Na notificação, os advogados de Trump dizem que vão apelar tanto do veredicto de culpa do júri, de 30 de maio de 2024, quanto da sentença de dispensa incondicional do juiz Juan Merchan, de 10 de janeiro de 2025, para um tribunal estadual de apelações de nível médio.

Imposta poucos dias antes da posse de Trump, em 20 de janeiro, para um segundo mandato na Casa Branca, a sentença significa que ele não sofreria pena de prisão ou outra punição legal, mas que um julgamento anterior de culpa seria colocado em seu histórico.

Primeiro presidente ou ex-presidente dos EUA a ser condenado por um crime, Trump disse há muito tempo que planejava recorrer. Depois de apresentar a notificação formal, seus advogados agora têm seis meses para enviar um resumo expondo seus argumentos com mais detalhes.

O caso teve origem em um pagamento de 130.000 dólares feito pelo ex-advogado pessoal de Trump à atriz de filmes adultos Stormy Daniels pelo silêncio dela, antes da eleição de 2016, sobre um encontro sexual que ela afirma ter tido alguns anos antes com Trump, que nega.

Trump, um empresário republicano que se tornou político, foi condenado por 34 crimes de falsificação de registros comerciais para encobrir o pagamento. Trump argumentou que o processo, movido pelo promotor democrata do distrito de Manhattan, Alvin Bragg, foi uma tentativa de prejudicar sua campanha para a eleição presidencial de 2024.

Um porta-voz do gabinete de Bragg não respondeu a um pedido de comentário em um primeiro momento. Bragg afirmou que seu gabinete rotineiramente processa casos de falsificação criminosa de registros comerciais.

(Reportagem de Luc Cohen e Mike Spector, em Nova York)

((Tradução Redação Rio de Janeiro))

REUTERS PF