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China sinaliza disposição de repatriar cidadãos chineses dos EUA

Reuters27 de jan de 2025 às 19:59

Por Michael Martina

- A China disse nesta segunda-feira que está disposta a repatriar cidadãos chineses que foram confirmados como ilegais nos Estados Unidos, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou impor tarifas e sanções a países que não cooperarem na aceitação de deportados.

Nos últimos meses, o Departamento de Imigração e Alfândega dos EUA enviou cinco voos fretados para a China com centenas de cidadãos chineses considerados sem base legal para permanecer nos EUA.

No entanto, autoridades do Departamento de Segurança Interna dos EUA ficaram frustradas com o que dizem ser uma recusa de longa data de Pequim em cooperar com a repatriação, recusando-se a emitir documentos de viagem.

O departamento alertou sobre o aumento das consequências para as autoridades chinesas, incluindo sanções de vistos, pela recusa em aceitar dezenas de milhares de cidadãos chineses nos EUA sob ordens de deportação.

"Realizamos uma cooperação prática com os departamentos de imigração e de aplicação da lei dos EUA e de outros países, o que tem sido produtivo", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, a repórteres em uma entrevista regular em Pequim.

"No que diz respeito à repatriação, o princípio da China é receber os repatriados que são confirmados como cidadãos chineses do continente chinês após a verificação", afirmou Mao, ao ser questionada se a China aceitaria de volta cidadãos chineses que estão nos EUA ilegalmente ou sem documentação.

Em seu primeiro dia no cargo, na semana passada, Trump declarou a imigração ilegal uma emergência nacional, encarregando o Exército dos EUA de ajudar na segurança da fronteira, emitindo uma ampla proibição de asilo e tomando medidas para restringir a cidadania de crianças nascidas em solo norte-americano.

A quantidade de cidadãos chineses encontrados cruzando a fronteira sul dos EUA sem permissão aumentou nos últimos anos, passando de um número insignificante para dezenas de milhares, com a economia da China enfrentando ventos adversos e vistos dos EUA mais difíceis de serem obtidos devido às restrições da Covid-19.

(Reportagem de Michael Martina e Trevor Hunnicutt)

((Tradução Redação Rio de Janeiro))

REUTERS PF

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