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Trump triunfante promete demonstração de força no regresso à Casa Branca

Reuters20 de jan de 2025 às 14:52

- Donald Trump tomará posse como presidente norte-americano, esta segunda-feira, dando início a mais um mandato turbulento de quatro anos com promessas de alargar os limites do poder executivo, deportar milhões de imigrantes, garantir retaliação contra os seus inimigos políticos e transformar o papel dos Estados Unidos na cena mundial.

Mesmo antes da tomada de posse de Trump, às 1700 TMG, assessores detalharam uma série de acções executivas que ele assinará imediatamente, incluindo 10 centradas na segurança das fronteiras e na imigração, a sua principal prioridade.

O Presidente vai declarar uma emergência nacional na fronteira sul, enviar tropas armadas para a região e reimpor uma política que obriga os requerentes de asilo a esperar no México pelas suas datas no tribunal dos Estados Unidos, disse um futuro responsável da Casa Branca aos jornalistas.

A tomada de posse completa o regresso triunfante de um disruptor político que sobreviveu a dois processos de destituição, a uma condenação criminal, a duas tentativas de assassínio e a uma acusação de tentativa de anular a sua derrota eleitoral em 2020.

A cerimónia terá lugar no interior da Rotunda do Capitólio dos Estados Unidos, quatro anos após uma multidão de apoiantes de Trump ter invadido o símbolo da democracia norte-americana num esforço infrutífero para impedir a derrota do republicano Trump para o democrata Joe Biden. Pela primeira vez em 40 anos, a cerimónia de tomada de posse foi realizada em recinto fechado devido ao frio extremo.

Trump, o primeiro presidente dos Estados Unidos desde o século XIX a ganhar um segundo mandato após perder a Casa Branca, disse que vai perdoar "no primeiro dia" muitas das mais de 1.500 pessoas acusadas de ligação com o ataque de 6 de Janeiro de 2021. Biden, num dos seus últimos actos, perdoou deputados e funcionários do Congresso que investigaram o motim, bem como os agentes da polícia que testemunharam.

Essa promessa está entre o turbilhão de acções executivas que Trump pretende assinar já esta segunda-feira, após fazer o juramento de posse.

Trump vai restabelecer a pena de morte federal, que Biden suspendeu, e exigir que os documentos oficiais dos Estados Unidos, como passaportes, reflictam o género dos cidadãos tal como foram designados à nascença, disseram aos jornalistas futuros responsáveis da nova administração.

Ele também assinará uma ordem para acabar com as iniciativas de diversidade, equidade e inclusão no governo federal no seu primeiro dia, que também é o Dia de Martin Luther King Jr., disseram os responsáveis.

"Uma maré de mudança está a varrer o país", planeia Trump dizer no seu discurso de tomada de posse, segundo excertos vistos pela Reuters. "Com estas acções, iniciaremos a restauração completa da América e a revolução do senso comum".

Trump e a futura primeira-dama, Melania Trump, começaram o dia na Igreja Episcopal de São João, em Washington, onde vários executivos ligados à tecnologia - incluindo os três homens mais ricos do mundo, Elon Musk, confidente de Trump, Jeff Bezos, o CEO da Amazon, e Mark Zuckerberg, o CEO da Meta - se juntaram a ele.

Texto integral em inglês: nL2N3OG0DF

(Por Joseph Ax e Nandita Bose; Tradução para português por Tiago Brandão, Gdansk Newsroom)

((gdansk.newsroom@thomsonreuters.com ; +48 58 769 66 00))

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