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Na ONU, Israel alerta que Houthis correm risco de terminarem como Hamas e Hezbollah

Reuters30 de dez de 2024 às 19:16

Por Daphne Psaledakis e Jonathan Landay

- O embaixador de Israel na ONU emitiu nesta segunda-feira o que chamou de um aviso final aos militantes Houthis, do Iêmen, para que cessem seus ataques com mísseis contra Israel, dizendo que, caso contrário, arriscam ter o mesmo "destino miserável" que tiveram o Hamas, o Hezbollah e Bashar al-Assad, da Síria.

Ele também alertou o Irã de que Israel tem a capacidade de atingir qualquer alvo no Oriente Médio, inclusive no Irã, acrescentando que Israel não toleraria ataques de aliados iranianos, como os Houthis.

Os Houthis têm lançado repetidamente drones e mísseis em direção a Israel, descrevendo essas ações como atos de solidariedade com os palestinos sob fogo israelense em Gaza.

"Aos Houthis, talvez vocês não tenham prestado atenção ao que aconteceu no Oriente Médio no último ano. Pois bem, permitam-me lembrar o que aconteceu com o Hamas, com o Hezbollah, com Assad, com todos aqueles que tentaram nos destruir. Que este seja seu aviso final. Isso não é uma ameaça.

É uma promessa. Vocês compartilharão o mesmo destino miserável," disse o embaixador israelense Danny Danon ao Conselho de Segurança da ONU.

Ao falar com os repórteres antes da reunião, Danon disse: "Israel defenderá seu povo. Se 2 mil quilômetros não forem suficientes para separar nossas crianças do terror, permitam-me assegurar-lhes que também não serão suficientes para proteger o terror deles de nossa força."

Na semana passada, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu advertiu os Houthis de que Israel estava "apenas começando" após ataques israelenses contra vários alvos ligados aos Houthis no Iêmen, incluindo o aeroporto de Sanaa, portos na costa oeste do país e duas usinas de energia.

O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que estava prestes a embarcar em um avião no aeroporto quando ele foi atacado por Israel. Um membro da tripulação do avião ficou ferido, segundo ele.

A eliminação por Israel dos principais líderes do Hamas palestino e do Hezbollah libanês, juntamente com a destruição de sua estrutura militar e o colapso de Assad, representam uma sucessão de vitórias monumentais para Netanyahu.

Durante a reunião do Conselho de Segurança, o secretário-geral assistente da ONU para o Oriente Médio, Khaled Khiari, reiterou grave preocupação com a escalada de violência, pedindo aos Houthis que cessem os ataques contra Israel e que o direito internacional e humanitário seja respeitado.

"Uma escalada militar adicional pode comprometer a estabilidade regional, com repercussões políticas, de segurança, econômicas e humanitárias adversas," disse Khiari.

"Milhões no Iêmen, em Israel e em toda a região continuariam a suportar o peso da escalada sem fim".

O embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, embora tenha condenado os ataques com mísseis dos Houthis contra Israel, também criticou os ataques retaliatórios de Israel ao Iêmen, assim como os realizados pela chamada "coalizão anglo-saxônica" de navios de guerra dos EUA e do Reino Unido no Mar Vermelho, dizendo que eram "claramente desproporcionais".

(Reportagem de Daphne Psaledakis e Jonathan Landay)

((Tradução Redação Rio de Janeiro))

REUTERS PF

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