
Por Ankur Banerjee e Samuel Indyk
LONDRES, 31 Dez (Reuters) - O dólar subia ligeiramente nesta quarta-feira, mas ainda caminhava para sua maior queda anual desde 2017, já que os cortes nas taxas de juros, os receios fiscais e a política comercial errática dos Estados Unidos sob o comando do presidente Donald Trump impulsionaram os mercados de câmbio em 2025.
É provável que esses temas permaneçam em 2026, o que sugere que o péssimo desempenho do dólar pode se estender e sustentar o comportamento de alguns de seus pares, incluindo o euro e a libra, que obtiveram ganhos significativos este ano.
Além dos problemas do dólar, os receios com a independência do Federal Reserve sob o governo Trump continuam em foco. Trump disse que planeja anunciar sua escolha para o próximo chair do Fed em janeiro, substituindo Jerome Powell, cujo mandato termina em maio e que tem enfrentado críticas constantes do presidente.
O euro EUR= caía 0,1%, a US$ 1,1736, e a libra GBP= estava a sendo comprado a US$ 1,3434 no último dia de negociação do ano. Ambos estão a caminho de seus maiores ganhos anuais em oito anos em relação à moeda americana.
O índice do dólar =USD, que mede a moeda dos Estados Unidos em relação a seis outras unidades importantes, estava em 98,35, aumentando seus ganhos de terça-feira. O índice caía 9,4% em 2025, enquanto o euro subia 13,4% e a libra ganhava 7,5%.
Outras moedas europeias também recuperavam em 2025. O franco suíço CHF= subia 14%, enquanto a coroa da Suécia subia 20%.
O dólar recebeu um pequeno impulso na sessão anterior, depois que as atas da reunião de dezembro do Fed mostraram profundas divisões entre as autoridades, que cortaram as taxas no início deste mês.
(Reportagem de Samuel Indyk e Ankur Banerjee)
((Tradução Redação Gdansk))
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