FOREX-Dólar recua com foco dos mercados em afrouxamento pelo Fed

Por Gertrude Chavez-Dreyfuss e Lucy Raitano

NOVA YORK/LONDRES, 23 Dez (Reuters) - O dólar caía nesta terça-feira pressionado pelas expectativas de mais cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve no próximo ano, embora tenha reduzido as perdas em relação ao iene e ao euro depois que dados mostraram crescimento forte dos Estados Unidos no terceiro trimestre.

O relatório reforçou as opiniões de que o Federal Reserve não reduzirá os juros em sua reunião de janeiro, com as chances atualmente em 87%, de acordo com as estimativas da LSEG.

"Poderemos ver um dólar mais baixo, pelo menos no primeiro trimestre do próximo ano, porque o Fed será cada vez mais forçado a admitir que o mercado de trabalho não está em uma boa situação", disse Erik Bregar, diretor de gestão de risco de câmbio e metais preciosos da Silver Gold Bull.

Dados desta terça-feira mostraram que o Produto Interno Bruto dos EUA cresceu a uma taxa anualizada de 4,3% no terceiro trimestre, segundo a primeira estimativa do Escritório de Análise Econômica do Departamento de Comércio. Economistas consultados pela Reuters previam alta de 3,3%.

Após o relatório, o dólar reduziu suas perdas em relação ao iene para 156,39 JPY=EBS, ainda com queda de 0,4%.

Mais cedo, o iene ganhou força em relação ao dólar após a indicação mais forte até agora das autoridades de que Tóquio está pronta para intervir.

A ministra das Finanças do Japão, Satsuki Katayama, disse que o Japão tem liberdade para lidar com movimentos excessivos do iene.

O euro reduziu seus ganhos em relação ao dólar para US$1,1786 EUR=EBS, ainda com alta de 0,2% no dia.

O índice do dólar =USD, que mede a moeda norte-americana em relação a seis rivais, perdia 0,2%, para 98,07, ampliando as perdas para o segundo dia. O índice está em seu nível mais baixo desde o início de outubro e em curso de uma queda de 1,4% no mês, a maior desde agosto, e perdas de 9,6% no ano, a maior queda anual desde 2017.

Os estrategistas do MUFG disseram que é improvável que a queda do dólar este ano seja um fato isolado, com margem para novos ganhos à frente.

((Tradução Redação São Paulo))

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