
NOVA YORK, 9 Dez (Reuters) - Os mercados desenvolvidos lideraram um aumento de endividamento que elevou a dívida global para cerca de US$346 trilhões no final do terceiro trimestre, enquanto uma decisão pendente sobre a legalidade das tarifas dos Estados Unidos poderá exigir ainda mais emissões dos EUA, disse uma associação global da indústria financeira.
O Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) disse que a dívida total atingiu US$345,7 trilhões no final de setembro, equivalente a cerca de 310% do PIB global, proporção que está relativamente estável desde meados de 2022. Um dólar mais fraco ajudou a inflar o valor da maioria dos passivos em moeda local quando feita a conversão para a moeda norte-americana.
"A maior parte do aumento geral veio de mercados maduros, onde o acúmulo de dívidas se acelerou rapidamente este ano, à medida que os principais bancos centrais flexibilizavam suas políticas monetárias", disse o relatório de coautoria de Emre Tiftik, diretor de pesquisa de sustentabilidade do IIF.
Até setembro, a dívida aumentou em US$26,4 trilhões este ano -- cerca de US$ 675 bilhões por semana. No último trimestre, a China e os Estados Unidos novamente registraram os maiores aumentos na dívida pública, seguidos por França, Itália e Brasil, de acordo com o IIF.
A dívida pendente dos mercados maduros subiu para um recorde de US$230,6 trilhões, enquanto os mercados emergentes também atingiram um recorde acima de US$115 trilhões. Rússia, Coreia, Polônia e México registraram alguns dos maiores aumentos.
(Reportagem de Rodrigo Campos, em Nova York)