
Por Karen Brettell
NOVA YORK, 3 Dez (Reuters) - O euro atingiu a maior cotação em seis semanas em relação ao dólar nesta quarta-feira, impulsionado por dados que mostraram uma expansão na atividade comercial da zona do euro, enquanto dados de empregos nos Estados Unidos mais fracos do que o esperado e expectativas de novos cortes na taxa de juros dos EUA pesaram sobre o dólar.
A atividade comercial na zona do euro expandiu-se em seu ritmo mais rápido em dois anos e meio em novembro, conforme um setor de serviços robusto mais do que compensou a fraqueza do setor industrial.
"Tem havido essa tendência de alta nos dados para a Europa, e acho que o mercado está começando a prestar atenção a isso", disse Steve Englander, chefe de pesquisa global de câmbio do G10 e estratégia macro da América do Norte na filial do Standard Chartered Bank.
O Kremlin disse nesta quarta-feira que o presidente Vladimir Putin aceitou algumas propostas dos EUA com o objetivo de acabar com a guerra na Ucrânia e rejeitou outras, mas que a Rússia estava pronta para se reunir com negociadores dos EUA quantas vezes fossem necessárias para chegar a um acordo.
O euro EUR= subia 0,33%, para US$1,166, depois de atingir US$1,1675, a cotação mais alta desde 20 de outubro.
O índice do dólar =USD, que mede a moeda em relação a uma cesta de pares, caía 0,31% para 98,99, depois de recuar para 98,88, a menor cotação desde 29 de outubro.
O dólar ampliou brevemente suas perdas em relação ao euro, após um relatório da ADP mostrar que o emprego no setor privado dos EUA caiu inesperadamente em novembro.
A moeda dos EUA enfraqueceu nos últimos dias devido à especulação de que o assessor econômico da Casa Branca Kevin Hassett assumirá a chefia do Federal Reserve após o término do mandato de Jerome Powell em maio.
Trump tem afirmado repetidamente que o Fed está sendo muito lento para reduzir os juros. O novo chair do Fed, no entanto, não poderá influenciar a política monetária do banco central, que é decidida por um comitê.
O iene JPY= valorizava 0,31% em relação ao dólar, para 155,37 por dólar.
((((Tradução Redação Brasília)) REUTERS VB))