FOREX-Dólar recupera terreno contra iene; euro se estabiliza após dados de inflação

Por Saqib Iqbal Ahmed

NOVA YORK, 2 Dez (Reuters) - O dólar recuperava terreno em relação ao iene nesta terça-feira, após liquidação na véspera, mesmo com as expectativas de um aumento da taxa de juros em dezembro pelo Banco do Japão persistindo, enquanto o euro subia depois que dados mostraram que a inflação da zona do euro ficou ligeiramente mais alta do que o esperado.

O dólar subia 0,3% em relação ao iene, para 156,00, depois de atingir uma mínima de duas semanas na segunda-feira, após um leilão de títulos do governo japonês de 10 anos que teve a maior demanda desde setembro.

"O resultado do leilão parece ter fornecido uma medida de tranquilidade ao mercado", disse Shoki Omori, estrategista-chefe de mesa do Mizuho em Tóquio.

Ações, títulos, criptomoedas e o dólar caíram na segunda-feira depois que o presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, disse que o banco central considerará os "prós e contras" de aumentar a taxa de juros em sua próxima reunião, levando os rendimentos japoneses de dois anos JP2YTN=JBTC acima de 1% pela primeira vez desde 2008 e provocando repercussão nos mercados de títulos globais.

O euro EUR= avançava 0,1%, a US$1,16200, depois que dados mostraram que a inflação anual nos 20 países que compartilham o euro acelerou para 2,2% no mês passado, de 2,1% em outubro, um pequeno aumento que provavelmente não será muito preocupante para o Banco Central Europeu.

A inflação na zona do euro está praticamente na meta de 2%, disse o membro do BCE Joachim Nagel em uma entrevista publicada nesta terça-feira.

"Esses (dados de inflação) chegam em um momento em que alguns afirmaram que ainda poderíamos ver outro corte pelo BCE, embora a probabilidade seja de que seu ciclo de afrouxamento tenha terminado", disse Joshua Mahony, analista-chefe de mercado da Scope Markets.

(Reportagem de Saqib Iqbal Ahmed em Nova York e Joice Alves em Londres; reportagem adicional de Gregor Stuart Hunter em Cingapura)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS CMO