
Por Saqib Iqbal Ahmed e Amanda Cooper
NOVA YORK, 1 Dez (Reuters) - O dólar depreciava em relação ao iene nesta segunda-feira, após o presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, ter dado a indicação mais forte até o momento de que um aumento dos juros em dezembro pode estar sendo considerado, o que oferecia suporte ao combalido iene.
Enquanto isso, expectativas crescentes de uma redução da taxa de juros em dezembro pelo Federal Reserve exerceram uma pressão de baixa sobre o dólar em todas as áreas.
Ueda disse nesta segunda-feira que o banco central considerará os "prós e contras" de aumentar os juros em sua próxima reunião de política monetária em dezembro, a mais forte sugestão até agora de que uma alta pode se concretizar neste mês.
Posteriormente, ele disse em uma coletiva de imprensa que irá discorrer sobre a trajetória futura de aumento dos juros do banco central assim que forem elevados para 0,75%, acrescentando que a decisão de política monetária de dezembro levará em conta informações sobre salários e outros dados.
Isso fez com que o dólar caísse quase 1%, para 154,665 ienes, antes que a moeda norte-americana reduzisse as perdas, sendo negociada em queda de 0,7%, a 155,09 ienes.
"Parece que o Banco do Japão está indicando um maior conforto com relação a aumentos", disse Jayati Bharadwaj, chefe de estratégia de câmbio da TD Securities.
"Esperamos que eles realmente aumentem em dezembro, portanto, isso nos aproxima de nossa previsão, o que, na verdade, está ajudando o iene."
No mercado mais amplo, o dólar desvalorizava, conforme investidores se preparavam para um mês decisivo, que pode trazer o último corte na taxa básica do Fed no ano e a confirmação de um sucessor "dovish" para o chair do banco central dos Estados Unidos, Jerome Powell.
O euro EUR= subiu para um pico de mais de duas semanas de US$1,1652, enquanto a libra GBP= reduziu perdas anteriores, sendo negociada em alta de 0,1%, a US$1,3254.
Operadores estão agora precificando uma chance de 88% de que o Fed faça um corte de 25 pontos-base quando se reunir na próxima semana, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.
((((Tradução Redação Brasília)) REUTERS VB))





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