FOREX-Iene cai após Japão dizer que monitora mercado com "senso de urgência", libra recua

Por Ozan Ergenay e Joice Alves

LONDRES, 19 Nov (Reuters) - O iene caiu para o nível mais baixo em 10 meses nesta quarta-feira depois que a ministra das Finanças, Satsuki Katayama, disse que o novo governo do Japão está monitorando os mercados de perto, enquanto a libra recuava depois que a desaceleração da inflação ao consumidor britânico aumentou as expectativas de um corte de juros.

Enquanto isso, o dólar subia antes da divulgação do balanço da Nvidia e de dados dos Estados Unidos.

Ministros do governo japonês, incluindo a das Finanças, Satsuki Katayama, reuniram-se com o presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, nesta quarta-feira.

O iene caiu após comentários de Katayama, que disse que o governo está observando atentamente o mercado "com um alto senso de urgência".

A moeda vem caindo devido às expectativas do mercado de que o novo governo da primeira-ministra, Sanae Takaichi, adotará um enorme pacote de gastos apoiado por taxa de juros baixa.

No Reino Unido, a inflação dos preços ao consumidor caiu para 3,6% em outubro, de 3,8% em setembro, conforme esperado pelo Banco da Inglaterra e por economistas consultados pela Reuters, segundo dados oficiais divulgados nesta quarta-feira.

O iene JPY= caía 0,3%, para 156,15, depois de atingir seu valor mais baixo em relação ao dólar desde janeiro. Já a libra GBP= tinha queda de 0,14% em relação ao dólar, a 1,3125, atingindo brevemente seu valor mais baixo desde sexta-feira, quando os mercados britânicos foram abalados pelas especulações em torno do aguardado orçamento de 26 de novembro.

Os investidores se concentram ainda no balanço do terceiro trimestre da gigante de chips Nvidia NVDA.O, enquanto agências dos EUA estão retomando a divulgação de dados após uma prolongada paralisação do governo.

O índice do dólar =USD, que mede a força do dólar em relação a uma cesta de seis moedas, subia 0,07%, para 99,65.

Aumentando a sensação de ansiedade do mercado, os dados iniciais de pedidos de auxílio-desemprego divulgados na terça-feira mostraram que o número de norte-americanos que recebem auxílio-desemprego aumentou entre meados de setembro e meados de outubro. Outro teste virá com a divulgação atrasada do relatório de emprego do governo na quinta-feira.

(Reportagem adicional de Gregor Stuart Hunter em Cingapura)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS CMO