FOREX-Dólar caminha para pior perda em várias semanas pressionado por paralisação nos EUA e iene cai

Por Lucy Raitano e Gertrude Chavez-Dreyfuss

LONDRES/NOVA YORK, 3 Out (Reuters) - O dólar depreciava nesta sexta-feira, encaminhado para as piores perdas em várias semanas em relação às principais moedas, conforme a incerteza em torno da paralisação do governo dos Estados Unidos tornou perspectivas mais incertas e atrasou a divulgação de relatórios importantes -- como dados de empregos -- essenciais para avaliar a direção da economia.

O relatório das vagas de trabalho fora do setor agrícola dos EUA de setembro deveria ter sido divulgado nesta sexta-feira, mas não foi publicado devido ao fechamento do governo.

O euro EUR=EBS subia 0,2% em relação ao dólar, para US$1, 1739, rumo à sua melhor semana em um mês.

Os ganhos do euro pressionavam o índice do dólar =USD, que mede a moeda em relação a uma cesta dos principais pares, para uma queda de 0,1%, para 97,77. O índice estava a caminho de seu pior resultado semanal desde julho.

O iene, por outro lado, recuava em relação aos picos registrados nesta semana, conforme operadores ponderavam sobre o próximo passo do Banco do Japão, antes da eleição para a liderança do partido governista neste fim de semana.

O dólar subia 0,1% em relação ao iene, para 147,44 ienes, depois de ter caído 0,4% mais cedo.

"A paralisação está basicamente ampliando as preocupações sobre a saúde da economia dos EUA. Estamos quase voando às cegas aqui, e não sabemos", disse Jayati Bharadwaj, estrategista global de câmbio da TD Securities.

"Quanto mais a paralisação se prolongar, as pessoas começarão a se preocupar com seu impacto sobre a economia. Já existem preocupações com o fato de as pessoas serem demitidas, receberem licença, que é o que o governo tem feito historicamente, e tudo isso está pesando sobre o dólar no curto prazo."

A moeda norte-americana ampliou ligeiramente sua queda em relação aos principais pares, depois que dados mostraram que a atividade do setor de serviços dos EUA estagnou em setembro, em meio a uma forte desaceleração no volume de novos pedidos.

O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) disse que seu Índice de Gerentes de Compras (PMI) não manufatureiro caiu para 50 no mês passado, o nível de equilíbrio, de 52,0 em agosto. Economistas consultados pela Reuters previam que o PMI de serviços diminuiria para 51,7. O setor de serviços é responsável por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA.

((Tradução Redação Brasília))

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