Por Gertrude Chavez-Dreyfuss
NOVA YORK, 11 Set (Reuters) - O dólar caía nesta quinta-feira, depois que os dados da inflação de agosto modestamente mais altos e pedidos iniciais de auxílio-desemprego mais fracos do que o esperado reforçaram a expectativa de que o Federal Reserve voltará a cortar a taxa de juros na próxima semana.
O dólar caía 0,3% em relação ao iene JPY=EBS, para 147,09 ienes, enquanto o euro EUR=EBS subia 0,4%, para US$1,1738. Como resultado, o índice do dólar =USD, uma medida do valor do dólar em relação às seis principais moedas, caía 0,3%, para 97,51.
O euro também foi impulsionado, em parte, pela diminuição das expectativas de novos cortes nos custos de empréstimos, depois que o Banco Central Europeu deixou as taxas de juros inalteradas nesta quinta-feira, conforme esperado, e manteve uma visão positiva sobre o crescimento e a inflação.
Os dados econômicos dos EUA, no entanto, foram o fator mais predominante da moeda.
Dados mostraram que os preços ao consumidor dos EUA subiram mais do que o esperado em agosto, enquanto o aumento anual da inflação foi o maior em sete meses. O índice de preços ao consumidor aumentou 0,4% no mês passado, depois de aumentar 0,2% em julho, informou o Departamento do Trabalho.
Nos 12 meses até agosto, o índice avançou 2,9%, o maior aumento desde janeiro, depois de subir 2,7% em julho.
Mais importante ainda, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 27.000, para 263.000, com ajuste sazonal, na semana encerrada em 6 de setembro, segundo os dados. Economistas consultados pela Reuters previam 235.000 pedidos para a última semana.
"Pela primeira vez em muito tempo, o índice de preços ao consumidor está sendo ofuscado no dia de sua divulgação por outra série de dados", escreveu Josh Jamner, analista sênior de estratégia de investimentos da ClearBridge Investments.
A atenção sobre o mercado de trabalho se intensificou após dois relatórios ruins sobre empregos nos EUA nos últimos dias. O relatório de empregos não agrícolas de agosto mostrou apenas 22.000 empregos criados, em comparação com previsões de 75.000, enquanto o dado para o período de abril de 2024 a março de 2025 foi revisado para baixo em 911.000.
Após os dados desta quinta-feira, futuros de juros estão precificando uma chance de 91% de um corte de 25 pontos-base este mês e uma chance de 9% de uma queda de 50 pontos-base, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME. Esse nível ficou inalterado em relação aos da quarta-feira.
((Tradução Redação Brasília)) REUTERS VB