FOREX-Dólar tem desempenho misto com cortes do Fed em foco após dados de inflação fracos

Por Gertrude Chavez-Dreyfuss e Amanda Cooper

NOVA YORK/LONDRES, 10 Set (Reuters) - O dólar tinha desempenho ligeiramente misto nesta quarta-feira, sem uma direção definitiva, depois que dados mostraram que os preços ao produtor caíram inesperadamente em agosto, consolidando expectativas de que o Federal Reserve voltará a cortar a taxa de juros neste mês.

O índice do dólar =USD, que mede a moeda em relação a seis outras, caía ligeiramente para 97,74. O dólar tem queda de 10% este ano, prejudicado pela caótica política comercial e fiscal dos EUA e pela crescente preocupação com a independência do banco central norte-americano.

O dólar tinha queda leve em relação ao iene JPY=EBS, em 147,31 ienes, após os dados, enquanto o euro EUR=EBS estava estável, em US$1,1706.

O relatório do Departamento do Trabalho mostrou que o índice de preços ao produtor para a demanda final caiu 0,1% em agosto, após aumento de 0,7% em julho, em dado revisado para baixo. Economistas consultados pela Reuters previam que o índice subiria 0,3% no mês passado, após alta de 0,9% relatada anteriormente em julho.

Mas o índice avançou 2,6% na base anual em agosto, em comparação com o ganho de 3,3% esperado por economistas consultados pela Reuters.

"As chances de um movimento de 0,50 ponto percentual aumentaram, mas continuam extremamente baixas. A economia desacelerou, mas não está mostrando sinais de colapso, e pode até mesmo acelerar nos próximos meses", disse Karl Schamotta, estrategista-chefe de mercado da Corpay.

"As pressões inflacionárias parecem moderadas, mas os riscos estão inclinados para o lado de alta. Para a maioria dos participantes do mercado, um movimento de 0,25 ponto percentual continua sendo o cenário base mais plausível."

Após os dados, os futuros de juros do Fed estão precificando 90% de chance de um corte padrão de 25 pontos-base neste mês e 10% de chance de um declínio de 50 pontos-base na taxa básica, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME. As chances estavam em 93% e 7%, respectivamente, na terça-feira.

((Tradução Redação Brasília))

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