Por Joice Alves e Rae Wee
LONDRES/SINGAPURA, 13 Ago (Reuters) - O dólar caiu para uma mínima de duas semanas nesta quarta-feira, depois que uma leitura moderada da inflação nos Estados Unidos reforçou as expectativas de um corte nos juros pelo Federal Reserve no próximo mês, com as tentativas do presidente Donald Trump de ampliar seu controle sobre as instituições dos EUA também pressionando a moeda.
O índice do dólar =USD, que mede a moeda em relação a uma cesta de divisas, caiu para 97,76, patamar mais baixo desde 28 de julho, ampliando a queda de 0,5% na terça-feira.
Os preços ao consumidor dos EUA aumentaram marginalmente em julho, mostraram dados na terça-feira, em linha com as previsões e mostrando que o repasse das tarifas de Trump para os preços dos produtos tem sido limitado até agora.
Investidores passaram a precificar uma chance de 98% de o banco central dos EUA reduzir os juros no próximo mês, de acordo com dados da LSEG. 0#USDIRPR
"A divulgação dos preços ao consumidor dos EUA acabou sendo um evento negativo para o dólar", disse Francesco Pesole, estrategista do ING. "O corte do Fed em setembro continua firmemente precificado."
Também afetava a confiança dos investidores no dólar as novas tentativas de Trump de minar a independência do Fed, depois que a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse na terça-feira que o presidente dos EUA estava considerando um processo contra o chair do Fed, Jerome Powell, relacionado à gestão de reformas na sede do banco central em Washington.
A fraqueza do dólar sustentava o euro EUR=EBS e a libra GBP=D3. A moeda única subia 0,3%, para US$1,1709, atingindo brevemente seu maior valor desde 28 de julho. A moeda britânica ganhava 0,4%, para US$1,3562, máxima desde 24 de julho.
(Reportagem de Joice Alves e Rae Wee)
((Tradução Redação São Paulo))
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