Por Chibuike Oguh e Stefano Rebaudo
NOVA YORK, 30 Jul (Reuters) - O dólar avançava em relação aos seus principais pares nesta quarta-feira após dados do PIB dos Estados Unidos melhores do que o esperado, e com os investidores aguardando o resultado da reunião de política monetária do Federal Reserve.
O crescimento econômico dos EUA se recuperou mais do que o esperado no segundo trimestre, com uma expansão de 3% em comparação com expectativa de 2,4% em pesquisa da Reuters com economistas.
O Fed deve deixe a taxa de juros inalterada, rejeitando os persistentes pedidos do presidente Donald Trump para cortar os custos dos empréstimos.
O euro EUR=EBS ampliou suas perdas em relação ao dólar após os dados do PIB dos EUA. A moeda única caía 0,65%, para US$1,1471, a caminho da quinta sessão consecutiva de perdas e sendo negociado em seu nível mais baixo desde 23 de junho.
O euro também deve registrar a primeira queda mensal em 2025 após uma forte reação a um acordo comercial entre os EUA e a União Europeia nesta semana.
O índice do dólar =USD ampliou os ganhos após o relatório do PIB e subia 0,56%, para 99,442, atingindo o maior valor desde 20 de maio e em vias de registrar seu primeiro mês de ganhos este ano.
"Acho que as pessoas estão tirando muitas conclusões dos números do PIB; ninguém nos mercados deveria pensar que o PIB foi tão fraco no primeiro trimestre e tão forte no segundo trimestre, embora os grandes motores tenham sido os estoques e as exportações líquidas", disse Steve Englander, chefe da pesquisa global de câmbio do G10 no Standard Chartered.
"Vou somar os dois trimestres e eles tiveram uma média de crescimento do PIB de cerca de 1,5% por trimestre, o que não é uma recessão, mas pode ser considerado medíocre."
Os acordos comerciais firmados com o Japão na semana passada e com a UE no fim de semana sinalizaram um compromisso renovado dos EUA com o engajamento global, aliviando as preocupações dos investidores.
O foco dos investidores agora está nas negociações entre a China e os EUA, depois que as autoridades concordaram em buscar uma prorrogação de sua trégua tarifária de 90 dias. Mas Trump aumentou a aposta contra a Índia nesta quarta-feira, anunciando uma tarifa de 25% sobre as importações a partir de 1º de agosto.
((Tradução Redação São Paulo))
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