Por Alun John e Chibuike Oguh
NOVA YORK/LONDRES, 28 Jul (Reuters) - O dólar avançava nesta segunda-feira em relação às principais moedas, incluindo o euro e o iene, com a confiança impulsionada pelo acordo comercial entre os Estados Unidos e a União Europeia já que traz segurança ao mercado e evita uma guerra comercial global.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, chegaram a um acordo comercial que prevê uma tarifa de importação de 15% sobre os produtos da UE, metade da taxa que Trump havia ameaçado a partir de 1º de agosto.
Isso segue o acordo da semana passada dos EUA com o Japão, enquanto as principais autoridades econômicas dos EUA e da China retomam as negociações em Estocolmo nesta segunda-feira com o objetivo de prorrogar uma trégua por três meses.
O dólar subia 0,82% em relação ao franco suíço CHF=EBS, a 0,80155 franco. Em relação ao iene JPY=EBS a moeda norte-americana tinha alta de 0,29%, para 148,12.
O euro caía 0,81%, a US$1,164275 EUR=, revertendo os ganhos no pregão asiático com o foco dos investidores mudando para o que a diminuição das tensões comerciais globais significava para o dólar em geral.
O dólar sofreu uma forte queda mais cedo neste ano, principalmente em relação ao euro, uma vez que os temores de que tarifas muito mais altas sobre o comércio com a maioria de seus principais parceiros prejudicariam a economia dos EUA fizeram com que os investidores considerassem a possibilidade de abandonar ativos norte-americanos.
Com a diminuição das preocupações sobre as consequências econômicas das tarifas, a atenção dos investidores está se voltando para os balanços corporativos e para as reuniões dos bancos centrais nos Estados Unidos e do Japão nos próximos dias.
A expectativa é de que tanto o Fed quanto o Banco do Japão mantenham as taxas de juros nas reuniões de política monetária desta semana, mas os investidores ficarão atentos aos comentários subsequentes para avaliar o momento dos próximos movimentos.
(Reportagem de Rocky Swift em Tóquio e Alun John em Londres; reportagem adicional de Kevin Buckland)
((Tradução Redação São Paulo))
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