Por Rocky Swift e Alun John
TÓQUIO/LONDRES, 23 Jul (Reuters) - O foco do mercado nesta quarta-feira era o iene, que mostrava oscilação, já que os investidores avaliavam especulações sobre o futuro do primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, em contraste com o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de um acordo comercial com o Japão.
O dólar tinha queda de 0,21% em relação ao iene JPY=, a 146,32, depois de atingir seu nível mais fraco desde 11 de julho, em 146,20, com as notícias sobre o comércio, mas chegou a registrar ganhos após relatos de que Ishiba pretende renunciar no próximo mês, após uma derrota na eleição para a câmara alta.
Ishiba disse que os relatos de que ele já havia decidido renunciar são "completamente infundados".
O acordo comercial - que reduz as tarifas sobre as importações de automóveis e poupa Tóquio de novas taxas punitivas - afeta o iene devido ao que significa para a economia e também para o Banco do Japão, que vem aumentando a taxa de juros com cautela.
"Um acordo comercial permite que o Banco do Japão tenha mais potencial para aumentar a taxa de juros neste ano", disse Jane Foley, chefe de estratégia cambial do Rabobank. "Isso é positivo para o iene e claramente dificulta um retorno para 150 (ienes por dólar)."
"Quando havia incertezas comerciais e políticas, era evidente que eles não fariam nada. É claro que não contornamos toda a incerteza política, e isso impedirá o Banco do Japão de tomar decisões precipitadas, mas ninguém estava esperando nada precipitado de qualquer maneira."
Os movimentos em outras moedas eram bastante silenciosos devido à incerteza em relação às tarifas, bem como às dúvidas sobre como as moedas reagiriam, mesmo que houvesse maior certeza.
O índice do dólar =USD -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,08%, a 97,388.
O euro EUR= era negociado a US$1,173475, em queda de 0,17% no dia.
O dólar tem sido um dos maiores afetados desde que Trump anunciou tarifas abrangentes sobre parceiros comerciais em 2 de abril, fraqueza que continuou quando essas tarifas foram suspensas para permitir novas negociações, mas que diminuiu um pouco neste mês.
((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))
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