FOREX-Dólar sobe enquanto mercados avaliam tarifas dos EUA

Por Karen Brettell

NOVA YORK, 14 Jul (Reuters) - O euro caía e o dólar avançava em relação a uma cesta de moedas nesta segunda-feira, com investidores amplamente ignorando as novas tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, antes de dados de inflação dos EUA na terça-feira.

No sábado, Trump ameaçou impor uma tarifa de 30% sobre os produtos do México e da União Europeia a partir de 1º de agosto, depois que semanas de negociações com os principais parceiros comerciais não conseguiram chegar a um acordo comercial abrangente.

No entanto, os mercados têm estado cada vez mais imunes às manchetes sobre tarifas desde que Trump anunciou, em abril, taxas comerciais maiores do que o esperado e depois adiou sua implementação.

"É algo que já aconteceu antes e o valor de choque já passou", disse Joseph Trevisani, analista sênior da FXStreet. Ao mesmo tempo, "as previsões negativas não se concretizaram, portanto, não acho que as tarifas darão muito mais ênfase aos mercados."

A União Europeia acusou nesta segunda-feira os EUA de resistir a esforços para chegar a um acordo comercial e alertou para a adoção de contramedidas caso não se chegue a um acordo para evitar as tarifas.

O chair do Federal Reserve, Jerome Powell, disse esperar que a inflação aumente no verão norte-americano em decorrência das tarifas, o que mantém o banco central dos EUA em espera em relação aos juros até mais tarde no ano.

Investidores estarão atentos aos dados de inflação ao consumidor de junho na terça-feira, em busca de sinais de que as pressões dos preços estejam se acelerando novamente.

Operadores de futuros de juros do Fed estão precificando 50 pontos-base de cortes até o final do ano, com a primeira redução prevista para setembro.

O índice do dólar =USD, que mede a moeda em relação a uma cesta de pares, subia 0,19%, para 98,07.

O euro EUR= caía 0,16%, para US$1,167, e anteriormente atingiu a menor cotação em três semanas de US$1,1649.

Em relação ao iene JPY=, o dólar apreciava 0,22%, para 147,72 ienes, o maior nível desde 23 de junho.

((Tradução Redação Brasília))

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