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FOREX-Dólar avança e real cai com ameaça de tarifas; bitcoin ronda máxima recorde

Reuters10 de jul de 2025 às 15:16

Por Hannah Lang e Lucy Raitano

- O dólar subia nesta quinta-feira com os mercados lidando bem com as últimas medidas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O dólar havia sido derrubado por uma queda acentuada nos rendimentos dos Treasuries depois que um leilão de títulos de 10 anos na quarta-feira atraiu forte demanda, atenuando as preocupações com a narrativa "Sell America" (Vender a América), que fez com que os Treasuries, o dólar e as ações de Wall Street fossem vendidos mais cedo neste ano.

Francesco Pesole, estrategista de câmbio do ING, disse que os mercados ainda estavam digerindo as últimas surpresas tarifárias, mas que havia hesitação em tentar adivinhar o próximo passo de Trump.

"Acho que o consenso geral continua sendo o de que ele não atingirá a China com novas tarifas e que conseguirá chegar a um acordo com a UE", disse Pesole.

De modo geral, os investidores estavam ávidos por ativos mais arriscados, com os cenários de tarifas mais prejudiciais parecendo cada vez mais improváveis. Isso ajudou a Nvidia a se tornar a primeira ação da história com um valor de mercado de US$4 trilhões e elevou a criptomoeda bitcoin a um pico histórico, próximo a US$112.000.

O otimismo também foi impulsionado pela ata da última reunião do Federal Reserve, com a maioria dos membros sendo da opinião de que cortes na taxa de juros serão apropriados ainda este ano.

O índice do dólar =USD, que mede a moeda em relação a seis principais pares, subia 0,52%, para 97,887, após uma queda de 0,2% na quarta-feira, o mesmo dia em que atingiu o valor mais alto desde 25 de junho, a 97,837, antes de perder impulso.

O euro caía 0,47%, para US$1,167 EUR=EBS, enquanto a libra recuava 0,4%, para US$1,354 GBP=D3.

Em relação às típicas moedas seguras, o dólar tinha alta de 0,3% contra o iene, para 146,735 ienes JPY=EBS, e se fortalecia 0,54% para 0,798 francos suíços CHF=EBS.

Com exceção do Brasil, o último lote de cartas de Trump a parceiros comerciais continha tarifas próximas às já propostas em seu anúncio original do "Dia da Libertação" em 2 de abril, como foi o caso de outras cartas nesta semana.

Trump também deixou a porta aberta para prorrogações além do novo prazo de 1º de agosto, caso os países apresentem propostas convincentes.

Originalmente, o Brasil havia sido indicado para receber apenas a taxa básica de 10%, mas Trump citou não apenas as práticas comerciais, mas também o tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

O dólar à vista BRBY subia 1,05%, a R$5,5614 na venda.

"O Brasil é, na verdade, um dos poucos países com um déficit comercial com os EUA", disse Michael Pfister, analista de câmbio do Commerzbank.

"É preocupante não apenas para o real brasileiro, mas também para o dólar norte-americano, pois não se pode ter certeza de qual país pode ser o próximo", disse ele.

O bitcoin BTC= tinha alta de 0,15%, em torno de US$ 110.945, pouco abaixo da máxima de todos os tempos atingida mais cedo, de US$ 111.988,90.

"O novo recorde veio com a melhora do sentimento de risco", escreveu o analista do IG Tony Sycamore em uma nota aos clientes.

(Reportagem adicional de Kevin Buckland em Tóquio)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS CMO

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