Por Kevin Buckland e Lucy Raitano
TÓQUIO/LONDRES, 10 Jul (Reuters) - O dólar rondava a estabilidade ante seus pares nesta quinta-feira, depois de recuar de uma máxima de duas semanas, com os mercados reagindo às mais recentes medidas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O dólar havia sido derrubado por uma queda acentuada nos rendimentos dos Treasuries, depois que um leilão de títulos de 10 anos na quarta-feira atraiu uma forte demanda, atenuando as preocupações com a narrativa "Vender a América", que fez com que os Treasuries, o dólar e as ações recuassem neste ano.
De modo geral, os investidores estavam ávidos por ativos mais arriscados, com os cenários tarifários mais prejudiciais parecendo cada vez mais improváveis.
O otimismo também foi impulsionado pela ata da última reunião do Federal Reserve, com a maioria dos membros emitindo a opinião de que os cortes na taxa de juros serão apropriados ainda neste ano.
O índice do dólar =USD -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,04%, a 97,422.
O dólar tinha queda de 0,07% em relação ao iene JPY=, a 146,21.
O euro EUR= era negociado a US$1,173, em alta de 0,06% no dia.
Com exceção do Brasil, o último lote de cartas de Trump aos parceiros comerciais continha taxas tarifárias próximas às já propostas em seu anúncio original do "Dia da Libertação" em 2 de abril, como foi o caso de outras cartas nesta semana.
Trump também deixou a porta aberta para adiamentos além do novo prazo de 1º de agosto, caso os países apresentem propostas convincentes.
Originalmente, o Brasil havia sido indicado para receber apenas a taxa básica de 10%, mas Trump citou não apenas as práticas comerciais, mas também o tratamento dado ao seu ex-presidente Jair Bolsonaro para impor uma tarifa de 50% sobre o país.
((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))
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