Por Rocky Swift e Johann M Cherian
TÓQUIO, 4 Jul (Reuters) - O dólar oscilava pouco em relação aos seus pares nesta sexta-feira, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conseguiu que seu projeto de lei de corte de impostos superasse o último obstáculo no Congresso e aumentou a pressão sobre os países para garantir acordos comerciais com Washington.
A moeda norte-americana subiu na quinta-feira, depois que dados mais fortes do que o esperado de emprego nos EUA adiaram o prazo para possíveis cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve.
Mas o índice do dólar =USD, que acompanha a divisa frente aos seus principais pares, está a caminho de uma segunda queda semanal consecutiva.
A Câmara dos Deputados aprovou por pouco o projeto de lei de Trump, que, segundo estimativas, acrescentará US$3,4 trilhões à dívida de US$36,2 trilhões do país. Espera-se que Trump sancione a legislação nesta sexta-feira.
Com os mercados dos EUA fechados para o Dia da Independência, as atenções se voltam para o prazo de 9 de julho de Trump, quando tarifas abrangentes entrarão em vigor em países como o Japão, que ainda não fecharam acordos comerciais.
"O apetite pelo dólar está diminuindo porque, em primeiro lugar, as preocupações com a dívida dos EUA estão aumentando e o apetite pela dívida dos EUA está em risco", disse Ipek Ozkardeskaya, analista sênior de mercado do Swissquote Bank.
"E também devido ao fato de que a situação tarifária e os transtornos comerciais terão um impacto negativo sobre o crescimento dos EUA e o Fed não será necessariamente capaz de apoiar a economia quando os riscos de inflação estiverem aumentando."
O índice do dólar caía 0,07%, a 96,942.
O dólar tinha queda de 0,41% em relação ao iene JPY=, a 144,33.
O euro EUR= era negociado a US$1,17785, em alta de 0,19% no dia.
Trump disse que muitos países receberão cartas nesta sexta-feira especificando as taxas tarifárias que enfrentarão, marcando uma mudança em relação a promessas anteriores de fechar acordos individuais com parceiros.
((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))
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