FOREX-Dólar sobe com Fed e projeto de lei de Trump em foco; libra recua

Por Chibuike Oguh

NOVA YORK, 2 Jul (Reuters) - O dólar subia frente aos seus principais pares nesta quarta-feira, conforme dados ajudaram a apoiar as expectativas de um corte na taxa de juros pelo Federal Reserve, enquanto a libra recuava em meio a uma venda de títulos do governo britânico.

Os investidores também estavam se posicionando para o relatório de emprego do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos para junho, a ser divulgado na quinta-feira.

O dólar havia devolvido ganhos brevemente, mas recuperou o ímpeto depois que o Relatório Nacional de Emprego da ADP mostrou que caíram as vagas de emprego no setor privado pela primeira vez em mais de dois anos em junho, sugerindo que o Fed poderia cortar os juros já em setembro.

Os senadores republicanos aprovaram na terça-feira o projeto de lei do presidente Donald Trump de corte de impostos, que deverá acrescentar US$3,3 trilhões à dívida nacional. O debate sobre a legislação agora retorna à Câmara dos Deputados.

O índice do dólar =USD -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,24%, a 96,871.

O dólar tinha alta de 0,2% em relação ao iene JPY=, a 143,72.

O euro EUR= era negociado a US$1,1791, em queda de 0,14% no dia.

"O dólar está se recuperando em relação às moedas do G10 e isso não é coincidência, já que vem acompanhado de um aumento de quase 20 pontos-base nas taxas de juros dos EUA", disse Marc Chandler, estrategista-chefe de mercado da Bannockburn Global Forex LLC.

Os títulos britânicos sofriam sua pior venda desde outubro de 2022, um dia depois que o governo reduziu drasticamente os planos de corte de benefícios e houve especulações sobre o futuro da ministra das Finanças do país.

A libra GBP= era cotada a US$1,36195, em queda de 0,89%.

"Não é apenas a libra que está caindo drasticamente, mas os títulos também estão sob muita pressão. Acho que se trata apenas de uma crise de confiança no governo", acrescentou Chandler.

((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))

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