FOREX-Dólar sobe frente ao euro com Trump reacendendo preocupações comerciais

Por Karen Brettell

NOVA YORK, 27 Jun (Reuters) - O dólar subia, se recuperando de perdas anteriores, em relação ao euro nesta sexta-feira, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que o país encerrará as negociações comerciais com o Canadá e que ele consideraria bombardear o Irã novamente, diminuindo o apetite pelo risco e pressionando as ações.

"Juntas, ambas as mensagens destacam o quanto Trump é caótico e que quaisquer suposições incorporadas aos mercados podem ser instantaneamente prejudicadas", disse Adam Button, analista-chefe de câmbio da ForexLive.

"O impulso foi comprar o dólar, mas quando a fumaça se dissipar, é provável que haja uma retração. A guerra comercial tem sido um peso para o dólar durante todo o ano", disse Button.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse mais cedo que vários acordos comerciais do governo Trump com outros países podem ser concluídos até o feriado do Dia do Trabalho, em 1º de setembro.

Trump também criticou duramente o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, abandonou os planos de suspender as sanções contra o país e disse que consideraria bombardeá-lo novamente se Teerã estiver enriquecendo urânio em níveis preocupantes.

O dólar caiu para a menor cotação em três anos e meio em relação ao euro mais cedo, com investidores apostando que o Federal Reserve cortará os juros mais vezes e possivelmente mais cedo do que o esperado anteriormente, já que alguns dados dos EUA apontam para uma economia enfraquecida.

Operadores estão precificando 65 pontos-base de cortes até o final do ano, acima dos 46 pontos-base de uma semana atrás.

O índice do dólar =USD, que mede a moeda frente a uma cesta de pares, estava quase estável, a 97,36, e está a caminho de uma queda semanal de 1,40%, a pior desde 19 de maio.

O euro EUR= tinha variação positiva de 0,05%, para US$1,1705, e atingiu US$1,1754, o maior nível desde setembro de 2021. A moeda única europeia está a caminho de um ganho semanal de 1,57%, o melhor desde 19 de maio.

((Tradução Redação Brasília))

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