SINGAPURA/LONDRES, 25 Jun (Reuters) - O dólar apreciou face ao iene, mas teve dificuldades em recuperar terreno face a outras moedas, esta quarta-feira, com os investidores a decidirem assumir mais riscos após um frágil cessar-fogo entre Israel e Irão.
Os mercados recuperaram alguma estabilidade, com um índice de acções mundiais a atingir um máximo recorde durante a noite, à medida que a trégua mediada pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se instalou entre Irão e Israel.
Os adversários de longa data do Médio Oriente assinalaram o fim da guerra aérea entre eles, pelo menos por agora, após Trump ter repreendido publicamente ambas as partes por violarem o cessar-fogo que anunciou.
Os investidores venderam fortemente o dólar após a notícia, tendo acumulado a divisa dos Estados Unidos após terem investido na moeda porto-seguro durante os 12 dias de guerra entre Israel e Irão, que também viu os Estados Unidos bombardearem as instalações de enriquecimento de urânio do Irão.
O euro EUR=EBS ficou praticamente estável nos 1,1605 dólares, ainda perto do seu máximo desde Outubro de 2021, assim como a libra GBP=D3, que se manteve nos 1,3608 dólares, perto do seu máximo desde Janeiro de 2022.
Embora o cessar-fogo pareça precário, os investidores por enquanto parecem saudar qualquer alívio.
Noutras moedas, o franco suíço CHF=EBS, que atingiu um máximo de 10 anos e meio na terça-feira, recuou, permitindo que o dólar ganhasse 0,16% para ser negociado nos 0,8064 francos.
O dólar fez mais progressos face ao iene JPY=EBS, ao subir 0,6% para os 145,74.
Alguns decisores de política do Banco do Japão pediram para manter as taxas de juro estáveis por enquanto devido à incerteza sobre o impacto das tarifas dos Estados Unidos na economia do Japão, mostrou, esta quarta-feira, um sumário das opiniões na reunião de política de Junho do banco.
Contra um cabaz de moedas, o dólar =USD subiu 0,1% para os 98,1.
Na terça-feira, o Presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, manteve a sua abordagem cautelosa, reiterando que o banco central não tinha pressa em reduzir as taxas no seu depoimento semestral ao Congresso. Mas isso pouco fez para mudar as expectativas do mercado de uma hipótese de 18% de que a Fed pode cortar em Julho, segundo a ferramenta CME FedWatch.
Vários responsáveis da Fed falaram na última semana e as suas opiniões indicaram alguma divergência entre os decisores de política.
Tanto Michelle Bowman como Christopher Waller parecem inclinar-se a favor de uma redução das taxas no Verão, enquanto que outros, como o Governador da Fed, Michael Barr, deram a entender que acreditam que a economia está a aguentar-se suficientemente bem para não ser necessário nenhum corte por agora.
Uma série de dados económicos dos Estados Unidos mais fracos que o esperado nas últimas semanas também apoiou as expectativas de cortes da Fed este ano, com os futuros a apontar para quase 60 pontos base de alívio até Dezembro. 0#USDIRPR
Os dados de terça-feira mostraram que a confiança dos consumidores norte-americanos se deteriorou de forma inesperada em Junho, com as famílias cada vez mais preocupadas com a disponibilidade de emprego, outra indicação de que as condições do mercado de trabalho estão a suavizar.
Texto integral em inglês: nL1N3SS0C9