Por Gertrude Chavez-Dreyfuss
NOVA YORK, 12 Jun (Reuters) - O dólar recuava nesta quinta-feira, uma vez que dados de inflação mais fracos do que o esperado nos Estados Unidos sugeriram que o Federal Reserve pode voltar a cortar a taxa de juros em breve, enquanto o iene se beneficiava do aumento das tensões no Oriente Médio.
O euro atingiu seu maior valor em quase quatro anos em relação ao dólar.
Dados mostraram que os preços ao produtor dos EUA subiram menos do que o esperado em maio, prejudicando ainda mais o dólar. Números de quarta-feira também indicaram um arrefecimento da inflação ao consumidor.
Vassili Serebriakov, analista de câmbio do UBS, disse que as tarifas mais altas ainda não estão aparecendo nos dados de inflação, embora ele tenha observado que o crescimento dos EUA parece estar desacelerando.
"Já precificamos dois cortes para o Fed neste ano, que foram menos de dois na semana passada", disse Serebriakov. "Os dados são vistos como potencialmente abrindo a janela para o Fed cortar um pouco mais cedo ou um pouco mais."
Os futuros que acompanham a taxa de juros do Fed mostravam um aumento nas apostas de que o banco central dos EUA fará dois cortes consecutivos nos juros a partir de setembro. Antes dos dados, as apostas eram de um corte na taxa em setembro, seguido por outro em dezembro.
Investidores buscavam ativos seguros com os riscos geopolíticos em foco depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que alguns funcionários norte-americanos estavam sendo retirados do Oriente Médio porque "pode ser um lugar perigoso" e que Washington não permitirá que o Irã desenvolva uma arma nuclear.
Em relação a uma cesta de moedas, o dólar =USD caía 0,5%, para 97,95, após atingir 97,786, seu nível mais baixo desde março de 2022.
Já o euro EUR=EBS atingiu, mais cedo, sua maior cotação desde outubro de 2021 em relação ao dólar, a US$1,1632, e subia 0,8%, para US$1,1576.
Frente ao iene, o dólar caía 0,7%, para 143,59 ienes, depois de atingir, mais cedo, a menor cotação em uma semana.
((Tradução Redação Brasília))
REUTERS VB