Por Gertrude Chavez-Dreyfuss e Stefano Rebaudo
NOVA YORK/MILÃO, 12 Jun (Reuters) - O dólar recuava nesta quinta-feira, uma vez dados de inflação mais fracos do que o esperado nos Estados Unidos sugeriram que o Federal Reserve pode voltar a cortar a taxa de juros em breve, enquanto o iene se beneficiava do aumento das tensões no Oriente Médio.
O euro atingiu seu maior valor em quase quatro anos em relação ao dólar.
Dados mostraram que os preços ao produtor dos EUA subiram menos do que o esperado em maio, prejudicando ainda mais o dólar. Números de quarta-feira também indicaram um arrefecimento da inflação ao consumidor.
Vassili Serebriakov, analista de câmbio do UBS, disse que as tarifas mais altas ainda não estão aparecendo nos dados de inflação, embora ele tenha observado que o crescimento dos EUA parece estar desacelerando.
"Já precificamos dois cortes para o Fed neste ano, que foram menos de dois na semana passada", disse Serebriakov. "Os dados são vistos como potencialmente abrindo a janela para o Fed cortar um pouco mais cedo ou um pouco mais."
Os futuros que acompanham a taxa de juros do Fed mostravam um aumento nas apostas de que o banco central dos EUA fará dois cortes consecutivos nos juros a partir de setembro. Antes dos dados, as apostas eram de um corte na taxa em setembro, seguido por outro em dezembro.
Investidores buscavam ativos seguros com os riscos geopolíticos em foco depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que alguns funcionários estavam sendo retirados do Oriente Médio porque "pode ser um lugar perigoso" e que Washington não permitirá que o Irã desenvolva uma arma nuclear.
O índice do dólar =USD -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,50%, a 97,959.
O dólar tinha queda de 0,63% em relação ao iene JPY=, a 143,63.
O euro EUR= era negociado a US$1,157675, em alta de 0,78% no dia, após atingir seu maior valor desde outubro de 2021, a US$1,1632.
((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))
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