Por Gertrude Chavez-Dreyfuss
NOVA YORK, 11 Jun (Reuters) - O dólar recuava nesta quarta-feira, depois que dados mostraram que a inflação dos Estados Unidos subiu menos do que o esperado no mês passado, sugerindo que o Federal Reserve pode cortar a taxa de juros em breve.
A divisa reduziu as perdas depois que o presidente Donald Trump disse nesta quarta que um acordo comercial dos EUA com a China foi concluído, com Pequim fornecendo ímãs e minerais de terras raras, enquanto os EUA permitirão a entrada de estudantes chineses em suas faculdades e universidades.
Uma autoridade da Casa Branca disse que o acordo permite que os EUA cobrem uma tarifa de 55% sobre os produtos chineses importados. Isso inclui uma tarifa "recíproca" de 10%, uma taxa de 20% devido ao tráfico de fentanil e uma tarifa de 25% que reflete taxas pré-existentes.
Em relação ao iene JPY=EBS, o dólar caía 0,2%, para 144,58 ienes.
Já o euro EUR=EBS subia 0,5%, para US$1,1484, depois de reduzir brevemente os ganhos mais cedo.
Com relação aos dados, o núcleo do índice de preços ao consumidor subiu apenas 0,1% em maio, após um aumento de 0,2% em abril.
"O ímpeto da inflação está diminuindo e isso levou a um ajuste para baixo nas expectativas da taxa de juros dos EUA. Os futuros de juros do Fed começaram a fortalecer as chances de cortes de 50 pontos-base até o final do ano", disse Elias Haddad, estrategista sênior de mercados da Brown Brothers Harriman.
"Até o momento, a inflação decorrente de tarifas mais altas tem sido moderada, considerando que as tarifas médias nos EUA subiram de 2% em janeiro para mais de 15%. Ainda não estamos vendo todos os efeitos das tarifas sobre a inflação. Suponho que veremos o impacto na segunda metade do ano."
((Tradução Redação Brasília))
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