FRANKFURT, 11 Jun (Reuters) - O Banco Central Europeu vai reduzir a burocracia para os bancos em áreas como as recompras e as novas nomeações, mas os bancos não devem esperar uma desregulamentação generalizada, disse, esta quarta-feira, a principal supervisora do BCE, Claudia Buch.
O BCE está a enfrentar apelos crescentes dos bancos para aliviar a carga de supervisão que lhes impõe, como a administração do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu fazer com os seus próprios bancos.
Buch disse que o BCE iria simplificar a forma como aprova as compras de acções e obrigações dos bancos, os seus modelos internos e titularizações, bem como os novos membros do conselho de administração e investidores.
"Podemos melhorar o sistema e torná-lo menos complexo", disse Buch, no seu discurso mais pormenorizado sobre o assunto.
O processo anual do BCE de análise e avaliação da supervisão dos bancos também está a ser simplificado, com melhorias faseadas ao longo de três anos.
Buch fez questão de refrear as esperanças de uma mudança súbita e radical.
"Não haverá um 'Big Bang'", afirmou.
Num sinal da crescente pressão exercida pelo sector sobre as autoridades reguladoras europeias, a Comissão Europeia adiou a adopção de novas regras globais que regem as transacções dos bancos, para responder aos receios dos bancos de que ficariam em desvantagem em relação aos seus rivais norte-americanos.
O Conselho de Governadores do BCE, responsável pela definição de políticas, lançou também um grupo de trabalho, presidido pelo Vice-Presidente Luis de Guindos, que irá analisar a simplificação das regras.
Buch afirmou que este grupo de trabalho complementará o trabalho dos supervisores e apelou aos deputados a nível nacional e europeu para que façam a sua parte, eliminando a sobreposição de regulamentação.
"Os requisitos nacionais de informação que duplicam ou contradizem os europeus devem ser gradualmente eliminados", afirmou.
Texto integral em inglês: nL1N3SE0BE