Por Saqib Iqbal Ahmed e Chibuike Oguh
NOVA YORK, 5 Jun (Reuters) - O dólar caía em relação ao euro nesta quinta-feira, depois que o Banco Central Europeu (BCE) indicou um possível fim do ciclo de afrouxamento da política monetária, enquanto dados dos Estados Unidos apontaram para a suavização das condições do mercado de trabalho, em meio ao impacto das tarifas.
O BCE cortou a taxa de juros pela oitava vez em um ano nesta quinta-feira, reconhecendo que a inflação está sob controle e se mostrando mais pessimista em relação às perspectivas econômicas em meio aos riscos de uma guerra comercial com os EUA.
Embora não tenha confirmado uma pausa, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse, após o corte, que o banco central está chegando ao fim de seu ciclo de flexibilização da política monetária, conforme responde a choques econômicos, incluindo a guerra na Ucrânia e a crise energética.
O euro subia 0,18%, depois de chegar a avançar para US$1,1495, um novo pico em seis semanas frente ao dólar, não muito longe da maior cotação em mais de três anos de US$1,1573, registrada em 20 de abril.
Em relação ao iene JPY=EBS, o dólar avançava 0,51%, para 143,49 ienes.
O índice do dólar =USD, que mede a moeda em relação a uma cesta de pares, registrava variação negativa de 0,09%, para 98,71, encaminhado para a segunda sessão consecutiva de perdas.
O presidente chinês, Xi Jinping, conversou nesta quinta-feira com o presidente dos EUA, Donald Trump, por telefone, informou a agência de notícias estatal chinesa Xinhua, conforme as relações bilaterais entre os países foram prejudicadas por disputas comerciais.
O dólar também foi pressionado por dados que mostram que o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego na semana passada aumentou pela segunda semana consecutiva, apontando para a suavização das condições do mercado de trabalho em meio aos crescentes efeitos econômicos das tarifas.
((Tradução Redação Brasília))
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