Por Ankur Banerjee e Lucy Raitano
CINGAPURA/LONDRES, 5 Jun (Reuters) - O euro se mantinha próximo da máxima de seis semanas frente ao dólar, antes de um esperado corte na taxa de juros pelo Banco Central Europeu nesta quinta-feira, enquanto a moeda norte-americana rondava a estabilidade após dados terem renovado os temores de crescimento lento e inflação alta.
Dados divulgados na quarta-feira mostraram que o setor de serviços dos EUA contraiu pela primeira vez em quase um ano em maio, e também que o mercado de trabalho está desacelerando, o que levou a uma recuperação dos Treasuries e aumentou as chances de mais cortes de juros pelo Federal Reserve neste ano.
"Durante a maior parte da semana, mantivemo-nos em faixas relativamente estreitas... houve uma fraqueza do dólar ontem, após a surpresa negativa dos dados de serviços do ISM, mas cabeças um pouco mais calmas estão prevalecendo nesta manhã", disse Michael Brown, estrategista de pesquisa da Pepperstone.
O índice do dólar =USD -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,03%, a 98,763.
O euro EUR= era negociado a US$1,1427, em alta de 0,05% no dia, não muito longe da máxima de seis semanas que atingiu nesta semana.
Brown disse que os mercados de câmbio estavam essencialmente em um padrão de espera até a decisão do Banco Central Europeu nesta quinta-feira, e antes do relatório de emprego de maio dos EUA na sexta-feira.
Espera-se que o BCE corte sua taxa de juros em 0,25 ponto percentual, marcando a oitava redução em 13 meses, conforme a inflação cai em relação aos patamares pós-pandemia.
O BCE está tentando sustentar uma economia da zona do euro que estava com dificuldades antes mesmo das políticas econômicas e comerciais erráticas do governo do presidente dos EUA, Donald Trump, terem desferido mais um golpe.
((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))
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