Por Rocky Swift e Amanda Cooper
TÓQUIO/LONDRES, 3 Jun (Reuters) - O dólar oscilava perto da mínima de seis semanas nesta terça-feira, com evidências crescentes de danos econômicos causados pela guerra comercial travada pelo governo do presidente Donald Trump pesando sobre o sentimento.
Embora os mercados globais tenham se recuperado de forma geral em meio à saga das ameaças tarifárias de Trump, o dólar continua firmemente em desvantagem. Dados sobre indústria e empregos nos próximos dias podem dar mais sinais do impacto que a incerteza comercial está causando na maior economia do mundo.
As tarifas dos Estados Unidos sobre aço e alumínio importados devem dobrar para 50% a partir de quarta-feira, o mesmo dia em que o governo Trump espera que os países apresentem suas melhores ofertas nas negociações comerciais.
"O que toda essa dinâmica está dizendo, basicamente, é que as tensões comerciais não estão realmente melhorando nesse sentido, e vimos o dólar ser amplamente prejudicado", disse Rodrigo Catril, estrategista sênior de câmbio do National Australia Bank.
O índice do dólar =USD -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,52%, a 99,092, depois de atingir 98,58, o menor valor desde o final de abril.
O dólar tinha alta de 0,3% em relação ao iene JPY=, a 143,12.
O euro EUR= era negociado a US$1,139025, em queda de 0,46% no dia, após alcançar brevemente uma máxima de seis semanas de US$1,1454. Dados mostraram que a inflação na zona do euro desacelerou abaixo da meta de 2% do Banco Central Europeu, reforçando expectativas de um corte de juros nesta semana.
O dólar afundou amplamente na segunda-feira, depois que dados mostraram que a produção manufatureira dos EUA contraiu pelo terceiro mês em maio e que os obstáculos tarifários fizeram com que os fornecedores levassem mais tempo para entregar mercadorias.
As atenções agora se voltam para os números de encomendas à indústria dos EUA na terça-feira, seguidos por dados de emprego na sexta-feira.
((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))
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