Por Lucy Raitano e Rocky Swift
LONDRES, 27 Mai (Reuters) - O dólar subia amplamente nesta terça-feira, à medida que os investidores estavam aliviados com a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de adiar as tarifas sobre a União Europeia, enquanto o iene estava sob pressão devido a uma queda acentuada nos rendimentos dos títulos do Japão.
Com os mercados dos EUA e do Reino Unido fechados para um feriado na segunda-feira, analistas disseram que alguns investidores ainda estavam se atualizando com as notícias de domingo de que Trump havia adiado as tarifas sobre a UE.
Embora essa notícia tenha impulsionado o euro na segunda-feira, ela também foi vista como positiva para o dólar, que estava amplamente firme nesta terça-feira
O índice do dólar =USD -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,43%, a 99,378.
"Eu diria que isso se deve ao fato de Trump ter recuado no fim de semana. Ontem os mercados estavam fechados, então houve apenas um pequeno movimento, agora, com o Reino Unido de volta, é uma recuperação do movimento que vimos na sexta-feira", disse o analista de câmbio do Commerzbank, Michael Pfister.
O euro EUR= era negociado a US$1,1348, em queda de 0,33% no dia.
A força da divisa dos EUA era mais visível em relação ao iene.
O dólar subia 0,79% ante o iene JPY=, a 143,97, uma vez que os rendimentos dos títulos de longo prazo do governo japonês caíram após uma reportagem da Reuters de que o Ministério das Finanças considera reduzir a emissão desses títulos na esteira dos recentes aumentos acentuados nos rendimentos das notas.
"É um grande movimento, portanto, obviamente, está arrastando a moeda para baixo", disse Francesco Pesole, estrategista de câmbio do ING, sobre a queda nos rendimentos dos títulos japoneses.
"O iene ainda é provavelmente a moeda do G10 - fora o dólar - que tem mais impulsionadores domésticos."
O ministro das Finanças do Japão, Katsunobu Kato, disse nesta terça-feira que o governo está observando de perto o mercado de dívida, enquanto o presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, disse que o banco central deve estar atento ao aumento dos preços ao consumidor no Japão, sinalizando sua disposição de continuar aumentando os juros.
((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))
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